29 de novembro de 2011

Tentando fazer compras

Não, eu não vim comprar cuecas
Vou levar só a tv
Não quero o filme do Pelé
Já disse, só tenho interesse na tv
Não quero uma árvore de natal
Eu quero aquela tv
Sim, mas é só isso
Eu não tenho filhos
Também não tenho sobrinhos
Eu já tenho um sofá
Onde é que eu assino?
Obrigado

15 de novembro de 2011

O Gordo


Ele ainda está sonolento. Na verdade, acaba de acordar. Nunca estivera ali, nem sabia como chegara a lugar tão horrendo. Tudo de que se lembrava era distante. Saíra de casa cedo para trabalhar. Acordou suado como sempre acordava todas as manhãs. Tomou banho. Lavando com mais intensidde o pênis, pois após o trabalho iria encontrar a namorada. Ele amava sua namorada. Colocou o terno preto com a camisa branca. Precisou de um pouco mais tempo para escolher a gravata. Sua mente pairava entre a azul turquesa e a grená. Finalmente selecionou a azul dando-lhe um nó italiano no pescoço. Nada como mais um extressante dia de trabalho. Pensou no sexo que faria com sua namorada. Sentia orgasmo quando no ápice da felação, passava a língua em sua glande. Ele passou o dia em meio aos papéis do escritório. Pensou na sorte que tinha: 25 anos e estava ali. Está quase na hora de bater o ponto. Pensou novamente no sexo. Sentia enrijecer o membro. Sentia tanto orgulho que outro dia quase lambeu o próprio pênis. Voltou a si, pensando em como seria vergonhoso se o vissem excitado. Tentou esfriar a cabeça. Já estava na hora de ir. Caminou novamente até o carro abriu a porta e acordou ali sem sequer saber o que houve.

O lugar é escuro e apenas uma lâmpada o livra da escuridão total. Percebeu que estava de pé e que assim havia dormido. Não que tivesse superpoderes, mas estava preso pelos braços por correntes que desciam do teto, iam até os pés e volteavam os tornozelos. Não sentiu os sapatos. Eles não estavam mais em seus pés. Nem o terno. Estava completamente nu, exceto pela gravata turquesa frouxa em seu pescoço. Pensou na namorada que o estava esperando, mas uma pequena janela deixava passar luz, anunciando que já era manhã. Não havia relógio. Seu olhar atentava fixamente à janela procurando vestigio de onde estava. Viu uma cruz, na verdade o próprio Cristo de costas abençoando outrem. A porra do Cristo sempre abençoava outrem, pensou. Pelo menos, sabia que estava no Rio.

Uma porta abrira-se no meio da escuridão. A figura pitoresca de um homem gordo e nu apareceu em sua frente. Proferiu algumas palavras que ainda sonolento não conseguiu entender. Apenas via as banhas que lhe caiam sobre o pênis pequeno. Teve nojo, mas lembrou que também estava nu. E se fosse outra vítima? Vítima de quem? Reparou que homem trazia uma marmita. Pegou uma colher de arroz e feijão e enfiou na boca. Um pouco de caldo e caroços escorreram pelos lábios e pelo pescoço gordo. Com a mesma colher passou pelo corpo cheio de pelos colhendo os resídos da comida e depositando-os na boca. Ainda acorrentado, sentiu muito mais nojo ao ver esta cena que a anterior. Fechou os olhos para não vomitar. Sentiu algo encostando em sua boca. Era a mesma colher cheia do mesmo feijão e arroz. Tentou rejeitar, mas com a outra mão o gordo apertou-lhe os testículos. Sentiu tanta dor que abriu a boca e nem sentiu o que engoliu. Sentiu vontade de chorar e ainda suava muito. Fechou novamente os olhos. Queria acordar desse pesadelo.

O gordo largou a refeição em um canto qualquer. Seu corpo extremesseu ao sentir com o próprio pênis a boca suja do gordo. Ele chupava como uma criança a um pirulito. Lembrou de sua namorada fazendo a mesma coisa, com carinho e amor. Lambendo a glande, entre o prepúcio e por fim os testículos. Sentiu que o gordo concentrava-se agora justamente entre o prepúcio e a glande. Alguns restos da comida ficaram alojados ali. Mais uma vez, teve vontade de chorar como uma criança. Sentiu inda seus testiculos doloridos pelo golpe. Mais uma vez pensou na namorada e em como ela acariciava a bolsa escrotal. As mãos do gordo agora passavam uma espécie de óleo excitante no pênis que aos poucos ia endurecendo. Teve nojo outra vez e sentiu-se um lixo por estar traindo sua namorada. Mas não era sua culpa. Era culpa do gordo.

Um calafrio tomou-lhe o corpo. Sentiu prazer. O mesmo prazer que sentia quando a namorada lhe chupava. Teve um orgasmo. Olhou fixamente para o gordo. Ele ficava muito mais nojento quando sujo de esperma. Sentiu nojo de si mesmo. A luz apagou-se. A escuridão era intensa. Não viu mais o Cristo de costas. A Janela sumiu. Pensou que ia ser deixado ali para sempre. Até que uma luz e uma voz... “Amor! Estava gostoso?” Reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Era sua namorada. Abriu os olhos e estava nu em sua cama. Ela fazia-lhe sexo oral matinal e tinha o rosto sujo de esperma. Ficou confuso e desejou sonhar outra vez com o gordo. Queria a boca suja do gordo. Queria gozar na boca do gordo. Ele se apaixonou pelo gordo. O gordo...

12 de novembro de 2011

Escravos do século XXI


Não dá para dar dois passos sem identificar uma pessoa esteja ouvindo música em seu audioescutador. Nas vésperas de feriado, os ônibus estão mais vazios e os congestionamentos mais intensos. Arrisco ainda, que é possível encontrar nos coletivos pessoas em seus smartphones socializando-se através das redes. Se você olhar pela janela, vai ver que muitos motoristas assistem tv enquanto brigam por um espaço na pista. Nos táxis, jovens e engravatados deslizam seus dedos nos Ipads. Estamos cercados de tecnologia e não conseguimos sair do lugar.

Se por um lado Steve Jobs revolucionou o jeito de ouvir música e ganhar milhões, conseguiu também fazer com que milhares de gravadoras entrassem em decadência. Quando era criança cds pirata custavam R$10,00. Hoje há originais custando menos que isso. Para economizar com livros recorria-se à Xerox (isso depois de aposenta de vez o mimeógrafo), hoje já consegui economizar mais de R$1.000,00 em livros com meu tablet. Qualquer pessoa pode comprar um fusca. Viagens de avião são mais baratas. Aprender a pilotar aviões virou moda entre mauricinhos. E o mundo insiste em dizer que somos paísagem geográfica, como se nunca houvéssemos sido natureza. Muita pretensão, não acham?

Se a bateria acaba entramos em pânico. Pegar um avião requer paciência. Ir ao mercado da esquina requer o uso do carro. Vai com alguém? Não, vou só eu. Milhões de pessoas pensam assim. Um currículo escrito à mão vale muito menos que um formatado em Times New Roman. Todos os anos, o mês de janeiro é cheio de notícias sobre chuvas e desabamentos e todos os anos as pessoas se assustam. Somos escravos do que a Globo diz ou a Record fala. A verdade absoluta é o que a Folha publica e a Veja declara. E se lhe tiram o notebook não sabe fazer mais nada. Antes os negros eram escravos, hoje somos todos nós.

Posso imaginar o dia em que a natureza e seus fenômenos causará a extinção do Homo sapiens sapiens e o mundo continuará existindo e fluindo em sua paz e tranquilidade. Que pretensão a nossa acreditar que somos o mundo! Somos apenas escravos do século XXI.

10 de novembro de 2011

Até a próxima

Quero compartilhar com vocês o que ando sentindo. Parece que nunca vai acabar. Se você consegue encher os seus pulmões de ar sem agonizar, você tem sorte. Há aproximadamente um mês estou com o que parece ser Bronquite Crônica. A dita cuja não me permite passar mais de cinco horas sem fazer nebulização e se passo meia hora desse "prazo" começo a sufocar e temo até em desmaiar no caminho de volta à casa.

Outro dia, estava no ônibus, no engarrafamento, e vi o chão se derreter. A grama começou a fluir pela terra. Pensei estar enlouquecendo. O ônibus seguiu mais alguns metros e eu voltei a mim. Parece que a falta de oxigênio não anda me fazendo bem. Sinto muita falta de ar e acabo tendo que fazer força pro ar entrar, o que me ocasiona muitas dores no peito e também enxaqueca. Ao subir o morro onde se encontra minha casa tenho crises, já que se trata de um execício pesado, e junto às crises chega a taquicardia. Comecei a ter pressão alta de uma hora pra outra e para complicar minha situação, neste início de novembro peguei um resfriado. Lá se foram minha garganta e todo o resto.

Estou sendo vítima da negligência da saúde pública. Fui há 17 dias à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e o médico, sem sequer me examinar ou pedir NENHUM EXAME, diagnosticou-me com bronquite. Receitou-me dois bronquiodilatadores para nebulização e uma intravenoza. Hoje fui em um posto de saúde próximo de casa e após horas esperando atendimento, a médica deu uma senhora bronca nas enfermeiras do pre-atendiemento, dizendo que casos de bronquite são prioridade e não podem esperar. Após esse clima, fui conduzido outra vez à intravenoza. A enfermeira cega não conseguia encontrar minha veia e fazia a procura enfiando a agulha dentro de mim e mexendo pra ver se acertava "algo" dentro de mim.

Enfim, depois de quase um mês, estou 80% recuperado. Sinto apenas um pouco de falta de ar quando faço algum exercício mais pesado. Parece que ando contando com a sorte, já que o dinheiro que era para ser gasto com hospitais e profissionais de saúdo foi usado para reformar pela milésima vez o Maracanã.

Até a próxima.

4 de novembro de 2011

Mulher taca fogo na casa de amiga que a bloqueou no Facebook

Depois da tentativa frustrada de organizar uma festa pelo Facebook, amiga bloqueada resolveu se vingar.

Extraído de http://www.tecmundo.com.br/facebook/14993-mulher-taca-fogo-na-casa-de-amiga-que-a-bloqueou-no-facebook.htm - Acesso em 04/11/2011

A polícia da cidade de Des Moines, nos Estados Unidos, realizou uma prisão bastante incomum. Jennifer Christine Harris, de 30 anos, foi presa pelo crime de incendiar a residência do casal Jim e Nikki Rasmussen.

A desavença começou quando Jennifer e Nikki se frustraram ao organizar uma festa por meio de uma página de evento no Facebook. Depois de perceberem que muitas pessoas não queriam participar, as mulheres acabaram brigando pela rede social.

Para não se incomodar mais com os xingamentos de Jennifer, Nikki bloqueou a amiga, que resolveu se vingar ateando fogo ao lar do casal. Apesar de estarem dormindo durante o momento do atentado, os moradores da casa em chama perceberam a tempo o perigo e conseguiram escapar.

Quem não teve a mesma sorte foi a incendiária Jennifer, que acabou indo para a cadeia de Polk County.