8 de fevereiro de 2012

Prédio-Mundo



A caminhada até o ponto de ônibus foi tranquila, da mesma forma que a viagem até o antigo prédio conhecido no Rio de Janeiro como “O Prédio-Mundo”. A cidade sempre foi caótica, uma verdadeira selva petrificada e sitiada por criaturas indomáveis. Havia muitos prédios antigos por todos os cantos. Uns, não aguentavam a erosão e a urida dos homens que despejam nas paredes frágeis os seus degetos líquidos, e outros, mesmo como verdadeiros fantasmas insistiam em fazer-se notar por todos os passantes. Como em uma utopia dos anos noventa, a cidade cresceu tanto que cada centímetro já era ocupado por prédios e construções. Até mesmo os monumentos arquitetônicos históricos sumiam em meio às sombras dos arranhacéus cariocas. A antiga capital do Brasil transformou-se em um pântano de poeira. O vento que costumava soprar em algumas áreas não soprava mais. Não havia mais árvores no Jardim Botânico. A Lagoa tornou-se tão fétida que os apartamentos antes habitados por ilustres milionários agora cedem seus espaços internos aos ratos e mendigos.  

*Este é um fragmento de um livro que estou escrevendo. Espero que gostem!!

Um comentário:

  1. Caro Nathan,

    Venho agradecer o agradecimento. Rs! Fico muito feliz em saber que o blog que mantenho como reverência e homenagem a grandes escritores tenha te ajudado de alguma forma.
    Volte sempre que quiser.
    O seu blog também é bastante interessante. Volto pra ler mais coisas.

    Abraços!

    Luz e Paz!

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