A caminhada até o ponto
de ônibus foi tranquila, da mesma forma que a viagem até o antigo
prédio conhecido no Rio de Janeiro como “O Prédio-Mundo”. A
cidade sempre foi caótica, uma verdadeira selva petrificada e sitiada por criaturas indomáveis. Havia muitos prédios antigos por
todos os cantos. Uns, não aguentavam a erosão e a urida dos homens
que despejam nas paredes frágeis os seus degetos líquidos, e
outros, mesmo como verdadeiros fantasmas insistiam em fazer-se notar
por todos os passantes. Como em uma utopia dos anos noventa, a cidade
cresceu tanto que cada centímetro já era ocupado por prédios e
construções. Até mesmo os monumentos arquitetônicos históricos
sumiam em meio às sombras dos arranhacéus cariocas. A antiga
capital do Brasil transformou-se em um pântano de poeira. O vento
que costumava soprar em algumas áreas não soprava mais. Não havia
mais árvores no Jardim Botânico. A Lagoa tornou-se tão fétida que
os apartamentos antes habitados por ilustres milionários agora cedem
seus espaços internos aos ratos e mendigos.
*Este é um fragmento de um livro que estou escrevendo. Espero que gostem!!
Caro Nathan,
ResponderExcluirVenho agradecer o agradecimento. Rs! Fico muito feliz em saber que o blog que mantenho como reverência e homenagem a grandes escritores tenha te ajudado de alguma forma.
Volte sempre que quiser.
O seu blog também é bastante interessante. Volto pra ler mais coisas.
Abraços!
Luz e Paz!