9 de fevereiro de 2012

Brasil Anonymous


O Brasil é uma selva, disso todos nós sabemos. Sabemos também que (organizado ou não) há um sistema que recebe uma grande influência das Organizações Globo para que as notícias sejam eufemisadas e assim, passem despercebidos pelos olhos de indivíduos mais leigos e não instruídos. É de conhecimento de todos que uma onda de protestos vem tomando o mundo e também o tinteiro vermelho. Seja pelo aumento abusivo das passagens, pela corrupção, ou simplesmente por se fazer entender como gente trabalhadora e que merece respeito.

Anonymous surge no cenário internacional como uma organização “protestante”, por assim dizer, que conclama o povo para tomar o seu lugar. O que vem em boa hora, uma vez que vivemos tempos de crise administrativa que finalmente começa a ser desmanchada graças ao grupo em questão. Apesar de não pertencer, confesso que sou favorável ao comportamento cyber terrorista que tem sido imposto pelo Anonymous. Já saíram do ar páginas de bancos e até mesmo da polícia, mostrando o nível de despreparo dessas organizações, já que nenhum hacker foi punido.

Aumentos das conduções acima da inflação, policiais em greve pedindo aumento salarial e sendo presos por exercerem um direito constitucional enquanto governadores e ministros deitam e rolam, a nossa presidenta doando mais de 1 bilhão pro Haiti e fazendo um corte do mesmo valor em segurança (a qual sabemos bem nunca foi das melhores) e ainda diz que é a favor da prisão de pais de família buscando melhores condições de vida. Em parte isso é culpa da falta de informação (ou da informação prestada pela Globo). Não sou adepto a fundamentação de todos os problemas políticos terem sua origem no “Projac”, mas ao assistir o jornal não pude deixar de sentir nojo. E tudo isso porque uma mulher que foi presa pela ditadura seria em tese melhor que uma evangélica que gosta de fazer plebiscitos para tomar decisões, afinal, saber a opinião do povo pra quê não é? Enquanto o país luta para erradicar a pobreza e o analfabetismo, parlamentares custam o mesmo que 400 professores. Isso significa que sem o Congresso Nacional o Brasil teria toda a sua população alfabetizada em um ano. Ou ainda, problemas com a saúde e a segurança minimizados. A ditadura não acabou, ela apenas assumiu outra forma e atende pelo nome de democracia.

Então vamos corrigir o slogan pleonástico da nossa “governanta”: País rico é pais sem Brasília. Desde já, desejo infinitamente que o Brasil seja tomado pela AnonymousWave e que na próxima eleição escolha como presidente a candidata Marina Silva, sim, a crente que quer dar povo o poder de decidir em que país quer viver.

Um comentário:

  1. Belo e inteligente texto, meu amigo. Sempre que posso e tenho oportunidade, é um prazer poder passar por aqui e acompanhar suas publicações. Um grande abraço.

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