22 de outubro de 2011

A Mulher e o Banheiro

Uma amiga compartilhou isso pelo Facebook e achei ótimo. Propício, eu diria, pois estou fazendo um trabalho da faculdade relacionado às mulheres. Espero que gostem tanto quanto eu.

Extraído de http://www.osvigaristas.com.br/textos/feministas/a-mulher-e-o-banheiro-999.html - Acesso em 22/10/2011

A Mulher e o Banheiro
Por Viviane Kamagian
 
O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía: "Nunca, nunca sente em um banheiro público".

E, em seguida, mostrava "a posição", que consiste em se equilibrar sobre o vaso numa posição de sentar sem que, no entanto, o corpo não entre em contato com o vaso.

"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária, e irá nos acompanhar por toda a vida. No entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está estourando.

Quando você TEM que ir ao banheiro público, você encontra uma fila de mulheres, que faz você pensar que o Brad Pitt deve estar lá dentro. Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando".

Finalmente chega a sua vez, isso, se não entrar a típica mamãe com a menina que não pode mais se segurar. Você, então verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas. Todos estão ocupados. É sempre assim.

Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo. Você entra e percebe que o trinco não funciona. Ele nunca funciona. Você então pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área.

O chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então a pendura no pescoço enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais não usa, mas que guarda porque nunca se sabe.

Mas, voltando à porta... Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição".

* Alívio... AAhhhhhh... Finalmente! *

Nessa hora os músculos começam a tremer. Você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço.

Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um banheiro público!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas.

E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua própria bunda e molha até tuas meias! Por sorte, não molha os sapatos. Adotar "a posição" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, puuuuta que o pariuuuu! O rolo está vazio. Isso sempre acontece.

Então você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um momento, mas não há opção.

E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita OCUPAAADOOOO!

Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abri-la novamente (nisso, nós mulheres nos respeitamos muito) e você pode procurar teu lenço sem angústia.

Você gostaria de usar todos, mas quão valiosos são em casos similares e você guarda um, por via das dúvidas. Você então começa a contar os segundos que faltam para você sair dali, suando porque você está vestindo o casaco já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo.

É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar da porrada que você levou da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas.

A lembrança de tua mãe, que estaria morrendo de vergonha se te visse assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público, porque, francamente, "você não sabe que doenças você pode pegar ali". Nessa hora você está exausta.

Ao ficar de pé você não sente mais as pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça! Então, vai a pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão.

Você se lava na posição de corcunda de notre dame para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água. O secador? Você nem usa. É um traste inútil, então você seca as mãos na roupa porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso.

Finalmente você sai do inferno. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada, presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, e te deixou com a bunda à mostra! Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você.

"Por que você demorou tanto?" — pergunta o idiota.

Você se limita a responder: "A fila estava enorme"

E esta é a razão porque as mulheres vão ao banheiro em grupo. Por solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade.

Obrigada a todas as amigas que já me acompanharam ao banheiro.

Metade

Metade (Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
porque metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
porque metade de mim é o que ouço
mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
e que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto num doce sorriso
que eu me lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.

17 de outubro de 2011

Amor Facebook



Ela desvia o olhar quando a olha. Sente-se arrepiada. Admira-o como um deus. Religiosamente, às 21 horas, usa o Facebook para o observar. Procura nas fotos algo mais que possa ser revelado. Um sorriso. Um olhar. Sente-se pervertida ao imaginá-lo desnudo. Tenta reter o pensamento e as mãos que massagem seu próprio corpo à luz do monitor.

Por um instante, ele está online. O seu coração palpita. “Oi” – diz. Ele demora um pouco e corresponde com o mesmo cumprimento. Passa por sua cabeça estar pressionando o rapaz, mas ele entra na conversa descontraidamente. “Eu também adoro essa música”. “Você sabe qual é o texto da aula de hoje?”. “Aqui está meu telefone...”.

Ela não queria que essa conversa terminasse. As horas voaram. Desesperada, dá o último grito e... “Você ficaria comigo?”. Ele demorou novamente a digitar as palavras. “Olha, eu não posso...”. Ela não esperou o rapaz completar a mensagem seguinte. “Você tem namorada?”. “Não. Eu sou gay.” Ele fechou a janela e desligou o computador com medo que a garota contasse seu segredo ao mundo. Ela continuou ali parada, inerte. Até que chorando foi deitar-se.

Blog de Primeira

Para comemorar a marca de 50.000 acessos do Blog do Nathan entra no ar um selo dedicado à essas pessoas que são tão especiais para mim e que além de amigos são, muitas vezes, inspiração. Para os blogs de primeira.



REFLEXÕES BORDERLINE da Wally
DEVANEIOS DE UMA MENTE EM TRANSIÇÃO da Hamires
DESMISTIFICANDO AYSHA da Aysha
DE TUDO UM POUCO, MINHA OPINIÃO do PC
LOUCA E INEXPLICÁVEL da Jô
e ao Blog que compartilho com as meninas (Wally e Hamires)
NÓS, BORDERLINES

PS.: Cada autor selecionado deverá passar adiante o selo, a quantas pessoas achar melhor, desde que seja De Iª

Chão

por BRUNA VELOSO  (Guia de CDs - RollingStone)
13 de Outubro de 2011 

 
Músico cria trabalho corajoso, trafegando entre sintetizadores e sons orgânicos

Embora Lenine tenha estudado química, a palavra “fórmula” parece não fazer parte do dicionário do artista pernambucano. Entre um álbum e outro, ele sempre buscou novos caminhos musicais para amparar suas composições, sem se manter preso a maneirismos ou receitas, ainda que isso pudesse
parecer sedutor. Mas agora o rompimento é definitivamente maior: depois de um disco como Labiata (2008), com o peso de músicas como “Excesso Exceto”, Lenine retorna com Chão, um álbum, como ele próprio define, “minimal”. 

Chão é um jogo de montar, com dez pequenas peças complementares, como ligadas por um fio invisível. Da música-título, na abertura, a “Isso É Só o Começo”, a última, são pouco mais de 28 minutos. Depois de ouvir as faixas algumas vezes, a sensação é de que cada um desses minutos foi pensado de forma a chamar o próximo, fazendo com que Chão seja realmente um álbum, no sentido completo (e cada vez mais raro) da palavra: uma obra ordenada, circular, não apenas um punhado de singles reunidos em um mesmo CD. Nove das faixas de Chão têm um elemento não “musical” – uma inspiração tirada da música concreta, com uma boa parcela de influência do filho do meio de Lenine, Bruno Giorgi, de 22 anos. Essa é outra novidade: diferente dos trabalhos anteriores, o projeto foi pensado e concebido apenas a três – pai e filho (o “chão” de Lenine é a família; na capa, ele aparece com o neto, Tom) e o guitarrista JR Tostoi, que há anos faz parte da banda do cantor.

“Chão” começa com o som de passos, que permanecem durante os 3’31’’ da música, a mais longa do álbum. A letra, escrita por Lenine com o parceiro Lula Queiroga (ao lado de quem, há quase 20 anos, lançou o primeiro LP, Baque Solto, hoje uma raridade), é menos direta que de costume, mais abstrata, enquanto a música em si abre uma atmosfera de tensão, com sons eletrônicos. Quando o barulho dos passos começa a baixar, entram batidas de um coração, que introduzem “Se Não For Amor Eu Cegue”, de estrofes curtas. A guitarra de Tostoi sugere certa urgência, ainda que os versos sejam sobre o amor, tema constante no repertório de Lenine (na obra dele, nunca com clichês). Depois da aura apreensiva do início – que retorna mais adiante – vem “Amor É para Quem Ama”, uma pérola de calmaria pontuada pelo canto de Frederico – um passarinho – e com citação a Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. 

Nenhuma das músicas de Chão tem bateria, mas todos os espaços são muito bem preenchidos – seja pela pausa milimetricamente colocada, seja pela forma característica de Lenine tocar violão – menos presente neste disco, é verdade –, por sintetizadores ou pelos sons orgânicos. Como em “Malvadeza”, em que o som maior é o de cigarras, ou na tocante “De Onde Vem a Canção”, com os “tics” de um metrônomo e de uma máquina de escrever. Embora menos comercial, dá para prever pelo menos duas músicas de Chão como música-tema de algum personagem de novela: “Envergo Mas Não Quebro” (elemento: motosserra) e “Tudo que Me Falta, Nada que Me Sobra” (a única sem sons não instrumentais), as mais aceleradas do disco.

Fechando o pacote, está, curiosamente, “Isso É Só o Começo”, que de forma emblemática apresenta todos os elementos usados nas faixas anteriores – além dos já citados, há ainda uma máquina de lavar e uma chaleira. Enquanto alguns artistas consagrados perdem-se em autorreferências tediosas, amargam em longos períodos de inverno criativo ou simplesmente rendem-se à facilidade de permanecer no lugar-comum, Chão comprova que Lenine pertence a uma classe distinta: a do artista em constante evolução.

FacePasseata!


15 de outubro de 2011

(Algumas) Invenções que mudaram o mundo

GARRAFA TÉRMICA

Ela não foi inventada para o uso que tem atualmente e sim para experiências científicas. Foi um físico escocês que no século 19 criou esse vasilhame, feito com paredes duplas de vidro que eram lacradas, impedindo que o ar ficasse entre elas. A substância dentro da garrafa não iria ter contato com o ar, quente ou frio. Assim, ela iria manter as qualidades originais.

Já no século 20, um comerciante viu um grande potencial no invento e fez uma garrafa bem parecida à que se encontra em qualquer supermercado

XEROX

Os cientistas procuravam soluções na fotografia e na química, usando os mesmos processos das revelações de filmes.

Mas foi de uma outra área da Ciência, a eletrostática, que veio a saída. De um lado, o papel. De outro, um pozinho negro. Nos anos trinta, um físico descobriu que o pó iria se agrupar nos mesmos pontos das marcas existentes no papel. Ele batizou esse processo de xerografia, que significa escrita seca, em grego. Mais tarde, uma empresa comprou esse aparelho, o xerox, e passou a se chamar assim.

CONTROLE REMOTO

O primeiro controle remoto da história, de 1955, não era nem um pouco prático. Ele tinha um fio, que o ligava à TV. Servia para trocar os canais à distância – limitada ao comprimento do fio.

Depois, o fio foi substituído por um feixe de luz, que acionavam algumas células sensíveis, na televisão. Bem complicado. Em seguida, apareceu um controle que operava com ultra-som.

Foi só em 1981 que surgiu o mesmo aparelho acionado por luz infravermelha, a mesma que liga e desliga o alarme de alguns carros.

WALKMAN*

O walkman nasceu de uma boa sacada. Foi em 1979, na cabeça do japonês Akio Morita, fundador da Sony, que tudo aconteceu.

Ele estava cansado de ver um dos sócios da empresa pra lá e pra cá carregando um gravadorzão desses de alça, pesado e incômodo, de um canto para outro, com dois fones de ouvido para não incomodar os demais. Enquanto o sócio se queixava do peso, Akio Morita teve uma idéia brilhante: fazer um toca-fitas pequenino, portátil e leve.

Assim nascia o walkman. Os engenheiros da Sony acharam que o negócio não ia pra frente. Afinal, ninguém iria querer um aparelho que não gravasse! O tempo mostrou que eles estavam errados.


TELEFONE CELULAR

A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mas conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949).Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.

Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a idéia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940

Fonte: Canal Kids

*Atualmente já se sabe que a patente foi roubada pelo representante da Sony.

12 de outubro de 2011

Ah, Mamãe

Ah, mamãe
Professor me tirou meio ponto
Disse que sou meio tonto
E que não adianta reclamar

Ah, mamãe
Ele disse que eu sou muito preto
Que não sei escrever direito
Que morro não é lugar
De gente morar

Por que, se mamãe disse que eu era bonito
Ele me achou esquisito?
Ah, Por quê?
Ele disse que eu pareço bandido
Mas eu não sou nada disso
Que que é que eu vou fazer?

Ah, mamãe
Aninha me chamou de pivete
Depois me cuspiu um chiclete
Disse que eu sou um cocô

Ah, mamãe
Por que que você tá chorando?
Que que você tá falando?
Eu não consigo entender

Ah, mamãe
Por favor não faça isso
Essa faca não é pra isso
Por favor deixa isso lá

Ah, mamãe
Quem é que vai de mim cuidar?
Se a senhora se matar
Quem é que vai me abraçar
Quando o mundo me esnobar?

Ah, mamãe
Então, me mata também
Que já que eu não sou ninguem
Deixa esse lugar para algum doutor

9 de outubro de 2011

A falsidade no meio de nós



O que vou falar neste post talvez deixe algumas dessoas desgostosas, mas não importa. Não escrevo para agradar a gregos e troianos, mas para que cada um que ler o que aqui for escrito entenda o meu ponto de vista.



Sou evangélico desde que nasci, mas decidi aos 11 anos que era exatamente isso o que eu queria. As igrejas tinham um ar tão solene, tão espiritual, que estar ali me fazia sentir bem. Adorava cantar as canções, ver os instrumentos sendo tocados, o teatro, as palmas. Havia um grande fervor.



Nunca fui ingênuo. Sempre soube que no meio de nós existiam pessoas falsas, mentirosas, falsos profetas que enchem de barulho o eco do seu vazio espiritual. Por conta de estereótipos, deixei de atender pelo nome “evangélico” e costumo usar “servo do Deus Vivo” pelo simples fato de que não sou ignorante. Não saio repetindo palavras e feitos impensados. Meu culto a Deus é racional.Vejo que há muitas pessoas que estão indo embora das igrejas por decepções com pessoas vazias, santos-de-pau-oco que entristecem corações com um simples olhar.

Vi nesses longos 7 anos de igreja o quanto a visão do reino é deturpada e extremista. Enquanto há pessoas milhonárias (ou que se dizem milhonárias e importantes), há outros que de tão pobres e ignorantes não desejam aprender e crescer profissional e espiritualmente. Isso é terrível. Há pessoas que estão ali para adorar a Deus e são desencorajadas pela falsidade de alguns “irmãos”. Confesso que tenho sido desmotivado por essas pessoas.



Como já disse, não sou escravo de igrejas. Se me der na telha eu saio e vou pra outra. Obviamente que nenhuma será perfeita, mas quando há mais falsidade que espiritualidade temos um problema. Pessoas que ajudamos e que sempre podem contar conosco excluem-nos de comemorações como casamentos, aniversários e coisas assim. Também é comum o desejo de se fazer eventos e frequentemente os organizadores destes só aparecem na hora dos louros, enquanto a escória suada e suja do serviço fica escondida atrás da indagação que alguém profere: “Vai entrar assim na igreja?”.



Gostaria de saber que espiritualidade existe em comprar aparelhos de som caríssimos, que deixam os visinhos encomodados enquanto há pessoas da própria igreja passando fome? Há irmãos precisando de cirurgias, que as igrejas podem pagar, afinal, a missão da igreja é investir em vidas, não? E que fundamento bíblico existe em humilhar uma pessoa por ter cabelo assim, ou aparência assada?


Outra coisa que não concordo e deixo bem claro: falo palavrões e sempre vou falar! Há uma explicação teológica e linguística para essa minha posição. Primeiro, quando Paulo diz para não se falar palavra torpe, ele se refere àquilo que pode deixar uma pessoa magoada. Já ouvi coisas muito piores que palavrões de senhores de terno e gravata e com bíblia na mão. Segundo, que há lugares do Brasil em que palavras são consideradas palavrões e em outras regiões as mesmas palavras não o são. A Bíblia diz que “em Deus não há mudança nem sombra de variação”. Isso significa que Deus não varia geograficamente, nem culturalmente. Ou os palavrões o são para todos ou não são para ninguém. Terceiro, que o significado é uma competência da pessoa que ouve e não da que fala. Caralho é o mastro principal de uma caravela. Cu é uma partícula que significa ânus, por isso, homem usa cueca e criança cueiro (frauda). Como a preguiça (que segundo Salomão, pode fazer ruir a casa) não deixa o cidadão pegar um dicionário e ver, ficamos todos a ouvir besteiras, ou melhor, palavras torpes (que podem ser deturpadas). O que há demais em aceitar que isso tem coerência? Alguém vai morrer se tratar um homossexual como um ser humano e não como um animal? Como algumas pessoas conseguem comer suas santas ceias sabendo que há pessoas precisando muito mais daquele pão do que nós. Fazei isso em memória de mim: abra a boca somente quando tiver certeza.



Os verdadeiros crentes que me perdoem, mas a falsidade no meio de nós faz com que eu e minha família prefiramos colocar um DVD e assistir, ou ler em casa. Ir à igreja pra ter comunhão com a falsidade não é comigo. Pena que a Bíblia apesar de ser o livro mais vendido do mundo é o menos lido. Jesus disse ser o caminho, a verdade e a vida. A verdade é o que não é falso. Prefiro ser sincero com meus palavrões a comer pão com o diabo. E lembrem-se: “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens.” (Atos 17:10-11).

5 de outubro de 2011

O Oralista e a Puta



Ele sentia como se fosse tudo queimasse. O pênis ereto, mamilos rijos e olhos fechados. Estava ali para ter sua primeira tranza. Tinha medo de não corresponder às espectativas do pai que o aguardava do lado de fora, ou melhor, dentro de outro quarto.

De fato, aquele não era o melhor lugar para um garoto perder a virgindade. As escadas eram escuras, iluminadas apenas por algumas lâmpadas vermelhas. Após seguir o pai pelos degraus rangentes que anunciavam a chegada de novos clientes, os dois foram conduzidos aos respectivos quartos por uma mulher de meia-idade e o rastro de fumaça deixado pelo cigarro que fumava. O homem soltou um “Vai lá, garoto!” e ele apenas piscou o olho. Não queria de modo algum dar o braço a torcer, mas sentia o corpo estremecer cada vez que a puta lhe lambia a glande.

“Olá, menino! Qual é o seu nome?”. Ele a olhara de cima a baixo. Reparou em tudo o que aquele segundo antes da sua esposta o permitira: cabelos louros, percing na barriga, calcinha fio-dental. “Pedro” – A voz saiu mais trêmula do que imaginara. “Está nervoso? Vou fazer você relaxar...” Ele não teve tempo para responder. As mãos quentes e umidecidas com óleo erotizante já estavam entrando pela camiseta e tirando-a. Os cabelos louros dele se avoaçaram e ela, como uma carinhosa mãe, os ajeitara. Ele sorriu ao olhá-la nos olhos, estava entregue. O entreolhar não durou mais que um segundo, pois as mãos da puta tateavam agora o volume do geniral sobre a bermuda de surfista verde-claro. A respiração começou a ficar mais profunda. Estava agora vestindo apenas a cueca. Passou por sua cabeça o momento em que escolhera a peça íntima. Era uma boxer branca em microfibra e elástico vermelho. Muitos atores dos filmes pornô que assistira usavam uma dessas.

Ela começou a baixar-lhe a última peça e ele pensou não ter “aparato” suficiente para satisfazer a pobre puta. Mas todos os pensamentos deixavam de existir quando sentiu com o próprio pênis o calor daquela boca. Sentiu emergir o membro e entregou-se ainda mais.

Passaram-se alguns minutos nessa posição. Ela, como boa profissional, tentava dar continuidade à tranza. “Não, por favor, não pare!”. E tomado de êxtase ele goza em sua boca o sêmem aquoso de menino imberbe. Ele não quis consumar o resto. Estava curtindo o momento. Então, vestiu sua roupa, despediu-se da puta e foi-se ao encontro do pai. “E aí, como foi, garanhão?!!!” Sua voz tomada de um tom nostálgico acompanhada dos olhos fechados apenas disse: “Foi foda!”

A caminho de casa o garoto pediu ao pai que o levasse lá outra vez. E outra. E mais outras. Em todas as veszesm com a mesma puta e o mesmo sexo oral. Aquilo era viciante. Desejava sentir aquela língua percorrendo todo o corpo do membro até chegar à glande, ao orgasmo.

Certo dia, o pai percebendo a paixão do filho pela puta, decidiu que era hora de seu filho ter relação que ele mesmo conquistasse. Contou ao filho que não pagaria mais a puta. O garoto então trancou-se no quanto e jogou-se da janela, decidindo-se em morrer ao vivem sem a boca da puta.

Morre o fundador da Apple, Steve Jobs


Disponível em: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/morre-o-fundador-da-apple-steve-jobs-20111005.html. Acesso em 01/10/2011


A Apple informou nesta quarta-feira que o ex-executivo-chefe da empresa, Steve Jobs, morreu aos 56 anos de idade. Jobs enfrentou uma dura batalha contra o câncer e se afastou da direção da empresa no fim de agosto.

O anúncio da empresa foi feito por meio de uma nota em que a empresa afirma estar profundamente triste pela morte do líder.

– O brilho de Steve, sua paixão e energia foram fonte de incontáveis inovações que enriqueceram e melhoraram nossas vidas. O mundo é imensamente melhor devido a Steve.

Jobs revolucionou ao menos três mercados bastante diferentes em apenas dez anos: o musical, com o iPod, o de telefonia, com o iPhone, e o de computação móvel, com o iPad.

Isso sem falar nos computadores Mac, que influenciaram bastante os produtos da Microsoft, rival direta que desenvolve o sistema operacional Windows. E também não dá para esquecer do cinema: o primeiro longa metragem produzidos inteiramente com computação, Toy Story, foi produzido quando Steve Jobs era o chefe do estúdio Pixar, também responsável por outros sucessos como Vida de Inseto e Procurando Nemo.

Steve Jobs enfrentava problemas de saúde havia vários anos. No dia 24 de agosto passado, visivelmente abatido pela doença, Jobs anunciou sua demissão do cargo de diretor-geral da Apple, entregue ao número dois do grupo de informática, Tim Cook.

– Sempre disse que quando chegasse o dia em que eu não pudesse mais cumprir com meus deveres e com as expectativas como diretor de Apple eu seria o primeiro a me manifestar.

Sua última aparição em público foi em junho deste ano, durante o lançamento do iCloud, serviço que permite ao usuário armazenar gratuitamente todo seu conteúdo musical e descarregá-lo automaticamente de qualquer aparelho eletrônico da Apple.

Visivelmente mais magro, Jobs havia aparecido em público pela última vez em março, quando lançou o tablet iPad 2.

Jobs se afastou da Apple duas vezes em dois anos. Além dessa saída no início deste ano, em 2009 ele tirou uma licença para tratar da saúde e foi submetido a um transplante de fígado. Em 2004, o executivo travou uma batalha contra um câncer de pâncreas.

Fundador da empresa, Jobs é considerado o responsável pelas revoluções causadas pela Apple em vários mercados na última década, como a criação do iPod, que mudou drasticamente o mercado musical, do iPhone, responsável por alavancar o setor de celulares inteligentes, e, mais recentemente o tablet iPad.

Casado em 1991, em uma cerimônia presidida por um monge budista, Jobs deixa três filhos com mulher, Laurene Powell. e uma filha com uma mulher que conheceu antes do casamento.

Ensino Superior do Brasil, Bebê!



Uma moça diz que estuda no mestrado da USP o mesmo que estudou na graduação, na Colômbia. Outros jovens assinam depoimentos com o mesmo caráter e só o fato de terem como cabeçalho o nome O Globo os torna donos da verdade. Somos milhões de profissionais bem-sucedidos e meia dúzia de mauricinhos intercambiandos acham que são o único corpus do IBGE e dão voz à uma matéria depreciando algumas das melhores universidades do mundo porque foram tratados de forma diferente fora do Brasil.

Posso estar sendo um tanto agrecivo, mas é que “só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão”. Não posso ouvir isso e achar bonito. Principalmente de um jornal em que apenas uma edição carrega consigo mais de 40 erros de sintaxe e ainda sim tem a capacidade de se achar a última cereja do bolo. Sinto muito, mas não dá nem pra papel higiênico.

Acredito que temos de ser coerentes com a nossa realidade. Minha professora de linguística certa vez brincou na sala de aula quando lhe perguntaram sobre o seu salário: “Eu ganho a mesma coisa que ganhava com a minha bolsa de doutorado. Mentira! Eu ganho 17 reais a mais”. O governo investe milhões em Rock in Rio, Olimpíadas e Copas, mas não consegue parar um segundo para OUVIR as necessidades de estudantes e professores. Aí vem esses aí a se acham no direito de comentar algo? Meus queridos, a porta da rua é a serventia da casa! Voltem pro Japão, pra Colômbia e nos deixem em paz!

A UERJ (onde estudo) deve entrar em greve pela Dedicação Exclusiva. Muitos de nossos professores trabalham cerca de 60 horas semanais e ainda têm que tirar do próprio bolso para custiar certas obrigações que não são deles. Acho que o Brasil é cheio de problemas e eu mesmo já disse várias vezes que penso em deixar o país por conta da corrupção, mas ninguém fala mal de nós. Eu amo a cultura e a força do Brasil. Acho que alguém que vem de fora, pega a vaga de alguém que queria estar ali e ainda desmoraliza uma instituição que dar-lhe-á um diploma invejado por muitos, esse não merece estar ali, bebê!

1 de outubro de 2011

Eu matei Valesca Popozuda

Odeio gente assim. Se aquele era seu instrumento de trabalho, seria por ele que ias morrer. Quem você pensava que era? Desculpe, não foi nada pessoal, é que nunca fui com a sua cara. Depois de muito tempo eu matei outra vez.

São 9 da manhã. A padaria está movimentada. Você entra destilando suas roupas apertadas. Pediu 600 gramas de mortandela e um pão com mantega. Sentou-se e antes de ir em bora foi ao banheiro.

Foi a oportunidade perfeita. Aquela foi um dia a minha padaria e sabia que aquele ventilador no box serviria para alguma coisa um dia. Pois, bem. As hélices começaram a rodar e cairam-lhe sobre a cabeça. Um olho sautou e parou próximo à porta. Você tentou gritar, mas a o ferro de outra das pás da hélice cortou-lhe a garganta. Você sufocou até olhar fixamente, com o olho que lhe restara, o vaso e suas fezes. Completamente nua e com o ânus totalmente exposto e sujo, suas forças bateram asas e partiram. Ainda lembro do seu rosto cheio de fezes e sangue.

Desculpe, disse que não era nada pessoal. Você implarava para ser morta. Eu eu prontamente atendi. Faz dois meses que não mato ninguém. Só por hoje.