Ele sentia como se fosse tudo queimasse. O pênis ereto,
mamilos rijos e olhos fechados. Estava ali para ter sua primeira tranza. Tinha
medo de não corresponder às espectativas do pai que o aguardava do lado de
fora, ou melhor, dentro de outro quarto.
De fato, aquele não era o melhor
lugar para um garoto perder a virgindade. As escadas eram escuras, iluminadas
apenas por algumas lâmpadas vermelhas. Após seguir o pai pelos degraus
rangentes que anunciavam a chegada de novos clientes, os dois foram conduzidos
aos respectivos quartos por uma mulher de meia-idade e o rastro de fumaça
deixado pelo cigarro que fumava. O homem soltou um “Vai lá, garoto!” e ele
apenas piscou o olho. Não queria de modo algum dar o braço a torcer, mas sentia
o corpo estremecer cada vez que a puta lhe lambia a glande.
“Olá, menino! Qual é o seu
nome?”. Ele a olhara de cima a baixo. Reparou em tudo o que aquele segundo
antes da sua esposta o permitira: cabelos louros, percing na barriga, calcinha
fio-dental. “Pedro” – A voz saiu mais trêmula do que imaginara. “Está nervoso?
Vou fazer você relaxar...” Ele não teve tempo para responder. As mãos quentes e
umidecidas com óleo erotizante já estavam entrando pela camiseta e tirando-a.
Os cabelos louros dele se avoaçaram e ela, como uma carinhosa mãe, os ajeitara.
Ele sorriu ao olhá-la nos olhos, estava entregue. O entreolhar não durou mais
que um segundo, pois as mãos da puta tateavam agora o volume do geniral sobre a
bermuda de surfista verde-claro. A respiração começou a ficar mais profunda.
Estava agora vestindo apenas a cueca. Passou por sua cabeça o momento em que
escolhera a peça íntima. Era uma boxer branca em microfibra e elástico
vermelho. Muitos atores dos filmes pornô que assistira usavam uma dessas.
Ela começou a baixar-lhe a última
peça e ele pensou não ter “aparato” suficiente para satisfazer a pobre puta.
Mas todos os pensamentos deixavam de existir quando sentiu com o próprio pênis
o calor daquela boca. Sentiu emergir o membro e entregou-se ainda mais.
Passaram-se alguns minutos nessa
posição. Ela, como boa profissional, tentava dar continuidade à tranza. “Não,
por favor, não pare!”. E tomado de êxtase ele goza em sua boca o sêmem aquoso
de menino imberbe. Ele não quis consumar o resto. Estava curtindo o momento.
Então, vestiu sua roupa, despediu-se da puta e foi-se ao encontro do pai. “E
aí, como foi, garanhão?!!!” Sua voz tomada de um tom nostálgico acompanhada dos
olhos fechados apenas disse: “Foi foda!”
A caminho de casa o garoto pediu
ao pai que o levasse lá outra vez. E outra. E mais outras. Em todas as veszesm
com a mesma puta e o mesmo sexo oral. Aquilo era viciante. Desejava sentir
aquela língua percorrendo todo o corpo do membro até chegar à glande, ao
orgasmo.
Certo dia, o pai percebendo a
paixão do filho pela puta, decidiu que era hora de seu filho ter relação que
ele mesmo conquistasse. Contou ao filho que não pagaria mais a puta. O garoto
então trancou-se no quanto e jogou-se da janela, decidindo-se em morrer ao
vivem sem a boca da puta.
Um texto ao estilo Nelson Rodrigues de ser. Parabéns! Um grande abraço.
ResponderExcluirCoitado do piá! Bem aquilo que as gurias chamariam de "piá de merda", kkkkk. E o pai acreditaaaando, rs. Mas, falando sério... parabéns pelo "inusitado" do texto, qwue reúne o corriqueiro e o trágico, e ainda aborda uma temática que requer reflexão, ainda nos dias de hoje, por ser uma conduta a ser revista. ;)
ResponderExcluirahahaha! muito bom! pobre garoto#
ResponderExcluirEssa boca tinha mel, só pode!
ResponderExcluirque altura era a janela?
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