25 de novembro de 2009

NADA DE VOCÊ E SÓ


NADA DE VOCÊ E SÓ


Eu cheguei a me pintar de azul
Pensei até em me mudar pro Sul
Só pra ver se você me via
Mas atentou pra linha
Teceu uma rede fria
E ainda não me notou

Me anotou no seu caderno de esquecimentos
Sorriu um sincero alento
Me fez flutuar me enganando com as tuas palavras de amor
Tentei degustá-las mas estavam todas cruas, sem sabor
Onde foi parar o seu amor?

Por tantos baús e caixas eu tento procurar
Mas nunca... Nunca o consigo encontrar
Eu faço hora nos teus calcanhares
Fico à sombra dos teus lumiares
Pareço mais um marciano em terras lunares

Eu que tanto dizia que eras o melhor que tinha
Não tenho melhor nem pior
Nada de você e só!

16 de novembro de 2009

Entre mãe e filho...


Entre mãe e filho...

— Rubiabisneu! Venha cá meu filho!

— Diga mamãe!

— Onde está seu irmão Manoeufueu?

— Lá na quadra de fasepioca!

— E quem deixou ele ir pra lá? Vocês sabem que esse esporte é muito perigoso.

— Mas mamãe, ele só estava voando um pouquinho.

— E se ele for atropelado por um dirigível, ou um planador?

— O DETRANAE* cobre os estragos.

— Mas que besteira é essa. Vou lavar sua boca com sabão.

— Só sabão? Mas e água?

— A água acabou quando você foi dormir há três milênios atrás.

— E agora?

— E agora só chorume ou coliformes fecais. E ande logo antes que acabe o sabonete.

*Departamento de Transito Aério

11 de novembro de 2009

Sem Você

Quando fecho os olhos
Vejo meu mundo ser você
Subo alto, num voo livre
Onde estará o meu sol?
Sinto-me a isca do anzol

Eu morava nos meus próprios sonhos
Mas acordei em meio aos escombros
Cantava uma canção sem saber a melodia
Tremia com medo da noite escura e fria


Meus pés saíram do chão
Mas na verdade não movi um centimetro
Eu sorria o meu choro ao leo
Para fazer contruir uma imagem do céu


Este amor que eu sentia sem perceber
Foi me fazendo aos poucos perceber
Que não sei mais nada sem você
Eu nunca mais vi o sol nascer
A tua falta me faz perceber
Que eu não sei ser nada sem você


Sem Você...


2 de novembro de 2009

Eu corro...


Eu corro. Não sei aonde chegarei. Mas corro. Corro com todas as forças da minha alma. E grito. Grito forte, tanto que a minha voz se esvai e me deixa sem reação...