25 de novembro de 2009

NADA DE VOCÊ E SÓ


NADA DE VOCÊ E SÓ


Eu cheguei a me pintar de azul
Pensei até em me mudar pro Sul
Só pra ver se você me via
Mas atentou pra linha
Teceu uma rede fria
E ainda não me notou

Me anotou no seu caderno de esquecimentos
Sorriu um sincero alento
Me fez flutuar me enganando com as tuas palavras de amor
Tentei degustá-las mas estavam todas cruas, sem sabor
Onde foi parar o seu amor?

Por tantos baús e caixas eu tento procurar
Mas nunca... Nunca o consigo encontrar
Eu faço hora nos teus calcanhares
Fico à sombra dos teus lumiares
Pareço mais um marciano em terras lunares

Eu que tanto dizia que eras o melhor que tinha
Não tenho melhor nem pior
Nada de você e só!

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