Onde estão os inocentes?
Eu estou voando. Não sei aonde vou, mas sei que chegarei a um lugar melhor do que estou. Mesmo com as súbitas tempestades que me surpreendem, eu chegarei lá. Onde os horizontes não são tão planos. São como panos que voam em suas saliências. São como vozes equalizadas na canção da minha paz.
Onde será lá afinal? Quem já se aventurou no infinito das incertezas certo de que estaria seguro que nenhuma praga assolaria sua tenda? E por que estou escrevendo isto afinal? Não tenho mais o que fazer, deve ser. A minha paz esta descansando, tirando férias em algum lugar. Aqui somente os tiros voam tranqüilos na sua rota, na busca de uma alma distraída e inocente.
Os inocentes são os mais suculentos. Não correm, não fogem. Não sabem de nada. As balas safadas furam a cara de quem as botar no caminho. O caminho que o pai usa pra ir ao trabalho. O mesmo em que passa pra voltar a casa. Ninguém mais pode ser inocente. Proibiram-nos de sair de casa. Onde estão os inocentes?
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