21 de dezembro de 2010

Por que EU MATEI?



Antes que as pessoas se assustem, vou explicar o que estou fazendo. Para começar eu nunca matei ninguém de verdade. Neste fim de ano estou escrevendo um série de contos chamada EU MATEI e estou colocando a minha raiva no papel. Estou matando pessoas por quem estou sofrendo ou pensado. É como um desabafo.

Eu matei a mãe da Preciosa


O sol ardia naquela tarde de domingo. As pessoas estavam entusiasmadas com a chegada do natal. E eu preocupava-me em mata-la. Confesso que não foi difícil. Em momento algum tive pena. Fui tão fio que dava inveja às geleiras polares.

Estava sentada no sofá. Assistia aos mesmos patéticos programas de TV. Reclamava da vida e xingava ao léu como se o vento fosse trazer o dinheiro para casa. Preciosa chorava caída ao chão com  o segundo filho de seu pai. Jorrava-lhe rios de sangue. Um corte na cabeça  feito pela própria mãe. Minha raiva tomou-me. Foi então que vi ao fogão, a panela em que a pobre menina fritava o pé de porco que a mãe iria comer. Aquela panela para mim fora como uma oportunidade.

Ela ainda olhava a TV. Aproximei-me por trás. Calma e  delicadamente. Preciosa arregalou os olhos. Então virei tudo de uma única vez. Ela se contorcia de dor, caída ao chão com o rosto totalmente queimado e lambuzado de óleo. Claro que isso não era suficiente para mata-la. Nisso a velha madeira do apartamento me ajudou. Bastou um pouco da cerveja que bebia e um fósforo. Enquanto a mulher e a casa pegavam fogo, Preciosa fugia com o seu bebê. Eu, contudo, permaneci ali, contemplando a obra das minhas mãos.

No fim de tudo só restaram escombros e um esqueleto caramelizado pelo fogo. Se me arrependo? De modo algum. Acho até que sonharia de novo e a mataria outra vez.




PS: Para melhor compreensão, é recomendada a leitura do Livro "Preciosa" ou o filme com mesmo título.

Eu matei Leonardo

Não foi como das outras vezes. Desta vez eu matei por vingança. Matei à sangue frio uma criança crescida apenas no corpo. Ele amava minha amiga e ela o amava. Sei disso. Mas ela sofria. Até que um dia não me contive.

Foi em uma noite de dezembro, fazia calor. Fechei meus olhos e sua imagem vinha à tona. Um corpo magro e pálido. Dormia bem à minha frente, como um bebê. Confesso que não tinha vontade de mata-lo. Eu estava cansado, meus pensamentos queriam dormir. Então decidi acabar de vez com essa prosa escrita em poucos versos.

Calma e singelamente, pus-me descalço. Meu pé direito acariciava seu pescoço. Você sonhava com alguma coisa tão estúpida quem nem sentiu. Deixei meu peso cair-lhe todo. Senti cada parte de ti esvaindo-se e morrendo. Foi tão suave. Sem gritos. Acho que até sem dor. Para mim foi como quebrar um ovo com o pé, mas sem me sujar.

Quero fazer de novo! O barulho foi tão divertido! CRAK!!! Foi a morte mais gostosa. Não o odiei, apenas o matei. Tão suave como a brisa matinal.


15 de dezembro de 2010

Eu matei Gabriel


 Você veio como um anjo, vindo do céu. Era doce como o mel. Sua voz era como uma canção de ninar. Até que eu acordei num pesadelo eterno. Nunca esquecerei a ocasião de sua morte. Nem Hitler faria melhor.

Sequestrei-te em meus pensamentos insanos. Despi o seu corpo por completo e o pus em cima da mesa. As lembranças eram como meus instrumentos de tortura. Você gritava, contorcia-se, queria fugir, mas as correntes da minha alma te seguravam pelas pernas e braços. Foi então que o espetáculo começou.

Agulhas, pequenas e praticamente imperceptíveis. Introduzi-as nos seus testículos: uma em cada esfera, calma e lentamente. Deliciava-me com sua dor. Ao terminar minha obra contemplei-o por pelo menos quinze longos minutos. Até que o ódio tomou conta de mim outra vez.

Dei-lhe de beber, Tequila, aguardente. E bebeu tudo por todos os orifícios do corpo. Você ainda gritava. Resolvi este problema com a faca. Puxei com toda força o seu pênis e cortei-o com apenas um golpe. Eu parecia um açougueiro profissional. Coloquei-o em sua boca. Os gritos agora seriam sussurros.

Confesso que tive pena quando olhei em seus olhos. Eles choravam e mais uma vez me fizeram chorar. Lembrei-me das suas palavras. Dos seus olhos quando me chutou como um cachorro vira-lata. Outra vez o ódio me toma. Desta vez mais intenso. Não pensei em nada, apenas fiz. Fiz seus olhos saltarem para fora. Arranquei-os um de cada vez. Você nunca mais vai me olhar daquele jeito.

Foi aí que veio o Gran Finale. Um único fósforo. Você voou em pequenos pedaços. Fiquei sujo, contudo, a experiência foi como um orgasmo. Único e inigualável. Você ainda está na minha mente. Tão vivo, tão voraz. Nas profundezas de mim.

12 de dezembro de 2010

Eu matei o meu pai

“Cara, olha só: não é porque sou seu filho que tenho que ser seu escravo.” É isso que grito todos os dias. Parece que eu vou surtar. Será que tenho que escrever em minha testa que “não estou à disposição”? É muita inconveniência para uma única pessoa. E ainda por cima esfrega na cara que me deu um nome. Antes não tivesse me dado porra nenhuma, não precisaria estar dizendo isto agora.

A pessoa me analisa como se eu fosse um experimento biológico. Tem o dom de estragar todas as refeições com perguntas imbecis. Verte-se ao beberrão, tomando forças e coragens covardes. Eu o odeio desde que me entendo por gente (e olha que isso já tem um bom tempo) e quanto mais eu tento deixar o meu ódio de lado, mais ele toma conta de mim.

Eu matei meu próprio pai. Minhas palavras raivosas foram como uma corda, uma forca ao seu pescoço. E a cada suspiro que ele tentava dar eu caía aos risos e gargalhadas. Não me arrependo do ato profano. Para ser totalmente sincero, sua memória causa-me um sublime e suave prazer. Um suave devaneio que me leva ao nirvana em questão de segundos.

Ainda me lembro de seus gritos abafados por minha vontade de vê-lo morrer. Era tanta que nem me fiz o trabalho de desovar o seu corpo. Está lá empalhado. Como um troféu que marca a vitória do meu louco interior.

2 de dezembro de 2010

Eu matei meu melhor amigo

Eu não consigo entender como alguém como você, que se dizia meu melhor amigo, tornou-se em nada. Você sabia dos meus segredos, dos meus medos, das fraquezas que eu tinha (e continuo tendo), dos meus sonhos impossíveis. E assim como veio, voltou para o nada levando consigo parte do meu tudo.

Ainda choro lembrando de quando te contava o que eu sentia e ainda sinto as suas dores em mim. Você ainda está vivo aqui dentro. Como uma miragem que eu ainda vejo nas fotos da minha adolescência. Quase um fantasma que me assombra. Você é o meu passado mais presente.

Eu quero lembrar de você mesmo que isso me faça sofrer. Mesmo sabendo que você morreu e não vai mais voltar. Nunca mais. Nunca mais vou poder sentir teu abraço de despedida. O nosso último nunca vou esquecer.Foi a última vez que te vi antes de matá-lo à distância.

Fui eu quem traiu. Eu matei meu melhor amigo. Agora estou sozinho. Outra vez. Outra vez estou em um pânico pessoal dentro do meu mundinho estranho sem ninguém para conversar. Eu te matei tão frio... Foi como te afogar com as minhas palavras. Elas te seguravam as narinas e a boca. Você não conseguiu respirar. Eu não vi. Nem poderia ver. Não aguentaria te olhar nos olhos enquanto você morria. Seus olhos me sufocariam. Na verdade, eles ainda me sufocam. Suas mãos me puxam ao fundo. Eu não resisria. Foi melhor assim.



1 de dezembro de 2010

Propagandas Incríveis

Bem, como uma das minhas pretensões é Publicidade recolhi algumas propagandas originais e inusitadas.


Nike - Just Do It
Não entendi a lógica, mas...


Telescópios Orion
Inteligentíssima forma de ver o mundo.


R BRINQUEDOS EUA
Near, far, wherever you are... I believe that the heart does go on...

Puma Shoes
Siga os olhos da lebre.
Puma.Com

Chulé?
Perfeita!

Glassex Cleaner
Burger King
Eu comeria tudo...

Pepsi Recycling

Pare de Fumar em Segunda Mão

Pepsi Twist
Nojento, porém sensacional!

Ketchup Heinz Hot
É um grande exagero.

NISSAN

CAT - voe de trem

Carlsberg
Achei  fantástica!

NIVEA - Cuidados com o Cabelo

Unicef - Toda criança precisa de uma família
Essa foi triste.

Ariel

Audi Cadeiras

Depois de dois drinques sua atenção enquanto dirige irá diminuir em até 76%
Adorei a propaganda americana.

PSP - Usá-lo ou perdê-la