Não foi como das outras vezes. Desta vez eu matei por vingança. Matei à sangue frio uma criança crescida apenas no corpo. Ele amava minha amiga e ela o amava. Sei disso. Mas ela sofria. Até que um dia não me contive.
Foi em uma noite de dezembro, fazia calor. Fechei meus olhos e sua imagem vinha à tona. Um corpo magro e pálido. Dormia bem à minha frente, como um bebê. Confesso que não tinha vontade de mata-lo. Eu estava cansado, meus pensamentos queriam dormir. Então decidi acabar de vez com essa prosa escrita em poucos versos.
Calma e singelamente, pus-me descalço. Meu pé direito acariciava seu pescoço. Você sonhava com alguma coisa tão estúpida quem nem sentiu. Deixei meu peso cair-lhe todo. Senti cada parte de ti esvaindo-se e morrendo. Foi tão suave. Sem gritos. Acho que até sem dor. Para mim foi como quebrar um ovo com o pé, mas sem me sujar.
Quero fazer de novo! O barulho foi tão divertido! CRAK!!! Foi a morte mais gostosa. Não o odiei, apenas o matei. Tão suave como a brisa matinal.
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