15 de dezembro de 2010

Eu matei Gabriel


 Você veio como um anjo, vindo do céu. Era doce como o mel. Sua voz era como uma canção de ninar. Até que eu acordei num pesadelo eterno. Nunca esquecerei a ocasião de sua morte. Nem Hitler faria melhor.

Sequestrei-te em meus pensamentos insanos. Despi o seu corpo por completo e o pus em cima da mesa. As lembranças eram como meus instrumentos de tortura. Você gritava, contorcia-se, queria fugir, mas as correntes da minha alma te seguravam pelas pernas e braços. Foi então que o espetáculo começou.

Agulhas, pequenas e praticamente imperceptíveis. Introduzi-as nos seus testículos: uma em cada esfera, calma e lentamente. Deliciava-me com sua dor. Ao terminar minha obra contemplei-o por pelo menos quinze longos minutos. Até que o ódio tomou conta de mim outra vez.

Dei-lhe de beber, Tequila, aguardente. E bebeu tudo por todos os orifícios do corpo. Você ainda gritava. Resolvi este problema com a faca. Puxei com toda força o seu pênis e cortei-o com apenas um golpe. Eu parecia um açougueiro profissional. Coloquei-o em sua boca. Os gritos agora seriam sussurros.

Confesso que tive pena quando olhei em seus olhos. Eles choravam e mais uma vez me fizeram chorar. Lembrei-me das suas palavras. Dos seus olhos quando me chutou como um cachorro vira-lata. Outra vez o ódio me toma. Desta vez mais intenso. Não pensei em nada, apenas fiz. Fiz seus olhos saltarem para fora. Arranquei-os um de cada vez. Você nunca mais vai me olhar daquele jeito.

Foi aí que veio o Gran Finale. Um único fósforo. Você voou em pequenos pedaços. Fiquei sujo, contudo, a experiência foi como um orgasmo. Único e inigualável. Você ainda está na minha mente. Tão vivo, tão voraz. Nas profundezas de mim.

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