31 de maio de 2011

LUTO por Uiui

Todos os dias ele me levava até o portão. Toda a noite entrava pela janela do meu quarto e acomodava-se no tapete. Toda manhã me acordava na cama e me ouvia os pensamentos sem questionar uma palavra sequer. Hoje não o fez. Minha mãe encontrou seu corpo no quintal. Não tive coragem de ver. Passávamos os dias a não alimentá-lo para que não perdesse o instinto. E não o perdeu. Depois de comer um rato envenenado, Vivi, o meu gato, morreu. Curiosamente seu nome vem do latim “Uiui” que nada mais é que “(ele) vive”. Sua memória sempre será viva. Luto oficial decretado!

30 de maio de 2011

Britânicos vão usar bombas de 900kg contra Khadafi

Britânicos vão usar bombas de 900kg contra Khadafi

PA
As bombas podem perfurar construções reforçadas
Forças britânicas vão usar bombas de 900 kg nas operações contra o regime de Khadafi na Líbia, disse o ministério da Defesa da Grã-Bretanha neste domingo.
As bombas Enhanced Paveway III são capazes de penetrar os tetos de construções reforçadas.
Os militares britânicos disseram que as bombas vão permitir que as forças da Otan ataquem centros de comando e de comunicações na Líbia.
No entanto, os militares britânicos ressaltaram que objetivo da missão não é atingir Khadafi ou altos integrantes do governo líbio.
"Não estamos tentando alvejar fisicamente pessoas do círculo próximo de Khadafi", disse o secretário de Defesa do país, Liam Fox.
Proteção de civis
As bombas estariam prontas para ser usadas no máximo na segunda-feira e assim, segundo os britânicos, ajudar na proteção de civis, ameaçados pelo regime de Khadafi.
"A introdução das bombas Paveway III é outra forma de proteger civis e alcançar o objetivo das resoluções 1970 e 1973 da ONU", disse Fox.
"Khadafi pode não ouvir, mas os que estão ao seu lado seriam inteligentes se o fizessem", completou.
A Grã-Bretanha participa dos esforços coordenados pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em apoio aos rebeldes que lutam contra o regime do líder líbio, Muamar Khadafi.
A ação militar na Líbia foi autorizada em março por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, com o objetivo de proteger os civis de ataques das forças leais a Khadafi.
Fonte: BBC

Isso se chama democracia.

Depois uma longa espera em busca de um tema para discorrer aqui no Blog, o Fantástico presenteou-me com tal inspiração. Já havia intencionado este assunto, mas decidi não proferir nada sem uma exemplificação imagética, a qual esta semana entra em cartaz nos cinemas de vários países (incluindo o Brasil). O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lidera um documentário quase que histórico em favor da regulamentação da maconha não só no Brasil, mas também em outros países. "Quebrando o tabu" mostra os benefícios e problemas possíveis da legalização da maconha.

Sendo muito menos prejudicial à saúde do que o álcool e o tabaco, a maconha ainda é um importante composto farmacêutico que falta no Brasil. Digo isto, pois é usada no tratamento de 14 tipos de câncer e seu chá ainda pode ser usado para dores de cabeça, diarreia e coisas corriqueiras do tipo. Ano passado sete mil pessoas morreram de Hepatocarcinoma (câncer de fígado) e poderia estar vivas agora se o uso da maconha fosse permitido.

Marcha da Maconha em São Paulo, 2011
Marcha da Maconha em Campinas 2011
Apesar de ser um ato constitucional e por essa mesma base não precisar sequer de alvará ou autorização para acontecer (Art. 5º IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente) a marcha da maconha tem gerado muita violência por parte das “autoridades” por “associar-se ao tráfico de drogas”. É um ato desrespeitoso para com a população massacrar uma manifestação pacífica, desarmada e organizada em favor de um ideal comum (independente de qual seja).

Durante um dos debates presidenciais (aos quais a maioria das pessoas assistem como um evento cômico) a candidata Marina Silva do PV sugeriu o cumprimento desta lei (Art. 14. a Constituição A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular). A realização de um plebiscito ou até mesmo de um referendo para o encerramento do assunto. Isso se chama democracia. Além de querer destruir as nossas matas, querem destruir o nosso povo. Não estou preocupado em criar um novo manifesto e sim um pensamento totalmente racional e possível de que o Brasil pode ser um país democrático se o povo realmente o quiser.

BRASIL DEMOCRÁTICO JÁ! LEGALIZAÇÃO DA MACONHA JÁ! RESPEITO AO CIDADÃO JÁ!



29 de maio de 2011

A bomba

A bomba
é uma flor de pânico apavorando os floricultores
A bomba
é o produto quintessente de um laboratório falido
A bomba
é estúpida é ferotriste é cheia de rocamboles
A bomba
é grotesca de tão metuenda e coça a perna
A bomba
dorme no domingo até que os morcegos esvoacem
A bomba
não tem preço não tem lugar não tem domicílio
A bomba
amanhã promete ser melhorzinha mas esquece
A bomba
não está no fundo do cofre, está principalmente onde não está
A bomba 
mente e sorri sem dente
A bomba
vai a todas as conferências e senta-se de todos os lados
A bomba
é redonda que nem mesa redonda, e quadrada
A bomba
tem horas que sente falta de outra para cruzar
A bomba
multiplica-se em ações ao portador e portadores sem ação
A bomba
chora nas noites de chuva, enrodilha-se nas chaminés
A bomba
faz week-end na Semana Santa
A bomba
tem 50 megatons de algidez por 85 de ignomínia
A bomba
industrializou as térmites convertendo-as em balísticos 
interplanetários
A bomba
sofre de hérnia estranguladora, de amnésia, de mononucleose, 
de verborréia
A bomba
não é séria, é conspicuamente tediosa
A bomba
envenena as crianças antes que comece a nascer
A bomba
continua a envenená-las no curso da vida
A bomba
respeita os poderes espirituais, os temporais e os tais
A bomba
pula de um lado para outro gritando: eu sou a bomba
A bomba
é um cisco no olho da vida, e não sai
A bomba
é uma inflamação no ventre da primavera
A bomba
tem a seu serviço música estereofônica e mil valetes de ouro, 
cobalto e ferro além da comparsaria
A bomba
tem supermercado circo biblioteca esquadrilha de mísseis, etc.
A bomba
não admite que ninguém acorde sem motivo grave
A bomba
quer é manter acordados nervosos e sãos, atletas e paralíticos
A bomba
mata só de pensarem que vem aí para matar
A bomba
dobra todas as línguas à sua turva sintaxe
A bomba
saboreia a morte com marshmallow
A bomba
arrota impostura e prosopéia política
A bomba
cria leopardos no quintal, eventualmente no living
A bomba
é podre
A bomba
gostaria de ter remorso para justificar-se mas isso lhe é vedado
A bomba
pediu ao Diabo que a batizasse e a Deus que lhe validasse o batismo
A bomba 
declare-se balança de justiça arca de amor arcanjo de fraternidade
A bomba
tem um clube fechadíssimo
A bomba
pondera com olho neocrítico o Prêmio Nobel
A bomba
é russamenricanenglish mas agradam-lhe eflúvios de Paris
A bomba
oferece de bandeja de urânio puro, a título de bonificação, átomos 
de paz
A bomba
não terá trabalho com as artes visuais, concretas ou tachistas
A bomba
desenha sinais de trânsito ultreletrônicos para proteger 
velhos e criancinhas
A bomba
não admite que ninguém se dê ao luxo de morrer de câncer
A bomba
é câncer
A bomba
vai à Lua, assovia e volta
A bomba
reduz neutros e neutrinos, e abana-se com o leque da reação 
em cadeia
A bomba
está abusando da glória de ser bomba
A bomba
não sabe quando, onde e porque vai explodir, mas preliba 
o instante inefável
A bomba
fede
A bomba
é vigiada por sentinelas pávidas em torreões de cartolina
A bomba
com ser uma besta confusa dá tempo ao homem para que se salve
A bomba
não destruirá a vida
O homem
(tenho esperança) liquidará a bomba.


Carlos Drummond de Andrade

Mãe defende decisão de manter sexo de filho em segredo

Mãe canadense defende decisão de manter sexo de filho mais novo em segredo

AP
David Stocker segura Storm, de 4 meses, que não tem sexo revelado
Em artigo publicado neste sábado, uma canadense defendeu a decisão tomada por ela e por seu marido de manter em segredo o sexo de seu filho mais novo, para dar à criança a oportunidade de desenvolver a sua identidade sexual por conta própria.
A decisão tomada por Kathy Witterick, 38 anos, e David Stocker, 39, de não revelar o gênero de seu bebê Storm, de quatro meses de idade, gerou uma avalanche de reações - positivas e negativas - após reportagem do jornal Toronto Star, publicada nesta semana.
Moradores de Toronto, Kathy e David têm outros dois filhos - Jazz, de cinco anos, e Kio, de dois. Os meninos são encorajados a escolher as suas próprias roupas e cortes de cabelo, mesmo que isto signifique optar por usar peças femininas.
Jazz, por exemplo, usa um cabelo comprido com tranças. Ao Toronto Star, David admitiu que os garotos são "quase exclusivamente tomados por meninas".
O sexo de Storm é mantido em segredo até mesmo dos avós das crianças. Apenas os dois pais e os dois irmãos conhecem o gênero da criança, além de um amigo próximo da família e das duas parteiras que ajudaram Kathy a dar à luz.
Segundo o Toronto Star, os avós ficaram preocupados com a decisão dos pais de Storm, mas acabaram sendo compreensivos.
Pergunta do filho
No artigo publicado pelo jornal Ottawa Citizen, Kathy justifica a decisão tomada por ela e por David, além de criticar o "frenesi da mídia" criado em torno da maneira como decidiu criar seus filhos.
Segundo a mãe, que já trabalhou com casos de abuso e violência contra crianças e se descreve como "tímida e idealista", a ideia de não revelar o sexo de Storm surgiu em uma pergunta feita por Jazz, o filho mais velho.
"Quando Storm estava perto de nascer, Jazz (...) questionou se as pessoas reagiriam diferentemente se elas não soubessem o sexo do bebê. Que presentes elas trariam? Se Storm fosse um menino, seria permitido a ele usar vestidos? Vestir rosa?", diz.
"Existem estes momentos enquanto pai em que você espera que o seu filho possa trazer uma questão diferente à mesa", afirma Kathy.
"Se você realmente diz a verdade sobre ser amável, honrar diferenças, ter uma mente aberta e colocar limites de maneira cuidadosa, ajudando as crianças a desenvolver competências e ser seguras, então é melhor você unir o discurso à prática", diz a canadense no artigo.
"Nós concordamos em manter o sexo do nosso novo bebê na privacidade."
Kathy afirma que a ideia de manter o sexo do bebê em segredo é uma tentativa de "autenticamente tentar conhecer a pessoa, ouvindo a ela com atenção e reagindo a pistas significativas dadas por ela própria".
A mãe acredita que é importante “desafiar ortodoxias” e fazer as pessoas se questionarem se “elas verdadeiramente acreditam que (manter) o status quo é o melhor que podem fazer".
"Será que essas normas vão criar crianças sadias, felizes, amáveis e bem-ajustadas?", ela questiona.
‘Gênero livre’
Kathy afirma que, assim como ela, nenhum dos seus outros dois filhos tem o “gênero livre ou é sem gênero”.
Segundo a mãe, "Jazz tem uma forte percepção de que é um menino, e ele entende que as suas escolhas de vestir rosa e de ter cabelo comprido não são sempre aceitáveis na sua comunidade”.
A canadense diz que Jazz escolhe fazer isto livremente, “porque ele também foi ensinado a respeitar a diferença, a amar a si mesmo e a navegar pelo mundo de uma maneira que é sincera consigo mesmo."
‘Frenesi da mídia’
Em seu artigo, Kathy critica a atenção dada pela imprensa à sua família.
"Para proteger os nossos filhos do frenesi da mídia que nós não previmos, nós rejeitamos mais de cem pedidos de entrevistas de todas as partes do mundo, incluindo ofertas para viajar a Nova York com todas as despesas pagas e para aparecer em quase todos os programas matutinos americanos", afirma.
"Nós temos aprendizados a receber, parques para visitar e borboletas para tomar conta".
Sobre o interesse e a curiosidade das pessoas, ela diz: "A ideia de que o mundo inteiro precisa conhecer o sexo do nosso bebê me atinge como algo doentio, inseguro e voyeurístico."
"Um dia, Storm vai ter algo a dizer sobre isto, então, enquanto isso, eu estou somente ouvindo atentamente", conclui.

Fonte: BBC Brasil

escrever

Preciso tanto escrever. Não sei sobre o quê. São tantas letras que se juntam, não sei o que vai dar. Sei que desejo. Desejo caminhar um pouco. Adoro caminhar. Respiro melhor, me sinto melhor.

Há tantas coisas que eu gostaria de dizer aqui, mas não posso. Não me faria bem moralmente. Freud tinha razão sobre mim. Razão. Palavra tão esquisita que nem ouso refleti-la. Eu apenas gostaria de escrever.

Lei para quem usa Calcinha e Cueca

Será falta do que fazer ou apenas um infortúnio? Abaixo segue um post do Blog Humor Negro sem censura, que vale realmente a pena a visita!


Lei para quem usa Calcinha e Cueca.


Quem compra regularmente um maço de cigarros já está acostumado com o que vê nos rótulos, pois é obrigatória a publicação de mensagens alertando sobre os males do tabagismo.
A partir de agora, quem for às lojas para comprar roupas íntimas poderá ler outro tipo de mensagem, que terá a mesma utilidade pública que a das embalagens de cigarro.
É que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 10 de maio de 2011, aprovou uma lei que obriga os fabricantes de roupas íntimas a colocarem etiquetas contendo avisos sobre a prevenção do câncer. A ideia é conscientizar as pessoas a realizarem exames preventivos com maior frequência, evitando assim as consequências drásticas de se detectar esses males tarde demais, ocasionando a morte.


Os homens, na faixa etária dos 40 anos ou mais, serão o público alvo das campanhas a serem estampadas nas cuecas. As mensagens serão especialmente voltadas ao combate e à prevenção do câncer de próstata. Para as mulheres, a ênfase será dada à necessidade de se realizarem exames preventivos de diagnóstico do câncer de colo do útero.
As calcinhas conterão mensagens de incentivo ao uso de preservativos e os sutiãs, mensagens direcionadas à prevenção do câncer de mama.

Fonte: Estadão

Como sempre, isso vai sobrar para nós consumidores. 
Pois a adequação desse projeto, vai exigir que os fabricantes gastem mais e o valor será repassado para o consumidor. “Todo mundo vai ter um custo a mais tanto de mão de obra, quanto de matéria-prima, que logicamente vai ser repassado”. 
Enquantos os Políticos encontram "dinheiro" nas cuecas, nós encontramos "etiquetas".
É mole ou quer mais [?] ¬¬º

Síndrome rara faz com que garoto não sinta dor

Síndrome rara faz com que garoto não sinta dor

O garoto Oliver Jebson com sua família.
Oliver Jebson (dir.) sofre da síndrome rara Cornélia de Lange
Uma doença rara faz com que o garoto britânico Oliver Jebson, de 3 anos, não sinta dor. Ele sofre da síndrome Cornélia de Lange, que atinge uma em cada 50 mil crianças.
Os pais de Oliver, Hayley e Dean Jebson, estão constantemente preocupados com o filho, que já chegou a ter um corte profundo nos lábios e não avisar aos pais.
O menino tem dificuldades para perceber que está tocando coisas muito quentes ou muito pontudas, e não nota que se machucou quando cai ou bate em algo.
"Outro dia, ele caiu de frente e um dente de baixo entrou em seu lábio superior, mas ele nem vacilou. Ele só chora quando está emburrado", disse a mãe à agência de notícias britânica Caters.
Alteração genética
A síndrome Cornélia de Lange é causada pela alteração de um gene que participa do desenvolvimento do embrião.
Segundo o geneticista Pablo Rodrigues De Nicola, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por causa desta modificação, a criança geralmente nasce com baixo peso e baixa estatura.
"Ela tem uma deficiência no crescimento e, muitas vezes, algum atraso neurológico também", diz o médico.
A síndrome modifica as feições das crianças afetadas, que geralmente tem narizes pequenos e finos, sobrancelhas arqueadas e orelhas pequenas.
É comum também que tenham más formações no coração e nos membros, além de problemas de respiração, audição e visão.
Mais raramente, a síndrome também causa insensibilidade à dor.
Progressos
Quando Oliver nasceu, ele pesava dois quilos. Seus pais foram avisados pelos médicos de que o menino poderia não sobreviver além do segundo aniversário.
Mas depois de seis cirurgias, Oliver continua fazendo progressos.
Segundo seus pais, ele já deu os primeiros passos e disse as primeiras palavras, antes do que é comum para crianças com a mesma condição.
"Ele continua a nos surpreender, mas ainda precisamos ser cuidadosos com ele", diz o pai de Oliver.
"Se algum de nós tem uma gripe, precisamos ficar longe".
O irmão mais velho de Oliver, Lewis, de 6 anos, diz sentir orgulho do irmão. "Eu sei que ele está doente, mas está melhorando", diz.

Fonte:BBC