19 de dezembro de 2009

UMA CARTA PARA PAPAI NOEL

Bem, estou trabalhando num projeto para a Páscoa de 2010 e acabo sem tempo para dedicar-me ao blog, mas não posso deixar de postar. Este texto não fora escrito por mim, mas achei muito interessante o que o autor expôs sendo exatamente aquilo que eu mais exponho em meus textos. Poderão ser percebidas algumas diferenças lingüísticas pois o autor possui nacionalidade portuguesa. Bom Natal!

UMA CARTA PARA PAPAI NOEL (Titulo meu)

Olá Pai Natal, a 1ª vez que escrevo pa ti
Poupa o atrevimento, mas tenho alguns pedidos
Espero que não fiquem n'alguma prateleira esquecidos
Como nunca te pedi nada
Peço tudo de uma vez e fica a conversa despachada
Talvez aches os pedidos meio extravagantes
Queria que pusesses juízo na cabeça destes governantes

Tira-lhes as armas e a vontade da Guerra
É que senão acabamos a pedir-te uma nova terra
Ao sem-abrigo indigente, dá-lhe uma vida decente
E arranja-lhe trabalho em vez de mais uma sopa quente

E ao pobre coitado e ao desempregado
Arranja-lhe um emprego em que ele nao se sinta explorado
E ao soldado, manda-o de volta pa junto da mulher
Acredita que é isso que ele quer
Vai ver África de perto, não vejas pelos jornais
Dá de comer às crianças, ergue escolas e hospitais
Cura as doenças e distribui vacinas
Dá carrinhos aos meninos e bonecas às meninas
E dá-lhes paz e alegria
Ao idoso sozinho em casa, arranja-lhe boa companhia
Já sei que só ofereçes aos meninos bem comportados
Mas alguns portam-se mal e dás condomínios fechados
Jatos privados, carros topo de gama importados
Grandes ordenados, apagas pecados a culpados
Desculpa o pouco entusiasmo, não me leves a mal
Não percebo como é que isto se tornou um feriado comercial
Parece que é desculpa para um ano de costas voltadas
E a unica coisa que interessa é se as prendas estao compradas
E quando passa o Natal dás à sola
Há quem diga que não existes, quem te inventou foi a Coca-Cola
Não te preocupes que eu não digo a ninguém
Se és Pai Natal, deves ser pai de alguém
Para mim Natal é a qualquer hora, basta querer
Gosto de dar e não preciso de pretextos para oferecer

E já agora para acabar, sem querer abusar
Dá-nos paz e amor e nem é preciso embrulhar
Muita felicidade, saúde acima de tudo
Se puderes dá-nos boas notas com pouco estudo
Desculpa o incómodo e continua com as tuas prendas
Feliz Natal para ti, e já agora, baixa as rendas.

Feliz Natal!

(Autor: Hugo Macedo)
www.hugomacedo.net

5 de dezembro de 2009

Onde estão os inocentes?

Onde estão os inocentes?

Eu estou voando. Não sei aonde vou, mas sei que chegarei a um lugar melhor do que estou. Mesmo com as súbitas tempestades que me surpreendem, eu chegarei lá. Onde os horizontes não são tão planos. São como panos que voam em suas saliências. São como vozes equalizadas na canção da minha paz.

Onde será lá afinal? Quem já se aventurou no infinito das incertezas certo de que estaria seguro que nenhuma praga assolaria sua tenda? E por que estou escrevendo isto afinal? Não tenho mais o que fazer, deve ser. A minha paz esta descansando, tirando férias em algum lugar. Aqui somente os tiros voam tranqüilos na sua rota, na busca de uma alma distraída e inocente.

Os inocentes são os mais suculentos. Não correm, não fogem. Não sabem de nada. As balas safadas furam a cara de quem as botar no caminho. O caminho que o pai usa pra ir ao trabalho. O mesmo em que passa pra voltar a casa. Ninguém mais pode ser inocente. Proibiram-nos de sair de casa. Onde estão os inocentes?