Às vezes caminho pela rua para passar o tempo. É possível observar durante os trajetos os tipos e figuras pelo caminho. Gente de toda raça, tribo, língua e nação. Mas na verdade não sei se são. Não lhes dei a oportunidade se serem ouvidas, somente à obrigação de serem observadas e a partir dos meus conhecimentos pus-me a julgá-las.
Lembro-me de uma mulher suja. Desgastada pelo sol e pelas dificuldades da vida. A roupa extravagante, colorida, demonstrava que era uma pessoa que não possuía muitas condições financeiras. Carregava consigo um saco cheio de latinhas para serem vendidas por preços miseráveis no ferro-velho (supus). Para minha surpresa, o saco foi jogado ao lixo e a mulher adentrou a um restaurante (o mais sofisticado da região).
Sem poder conter minha curiosidade adentrei-me também ao estabelecimento. E pedi um uma sobremesa. Não pude deixar o garçom partir sem antes me responder que era a tal mulher. “Dona Alzira?... É a dona do restaurante.” Fiquei pasmado com a resposta do rapaz e mais uma vez pude ter certeza que as aparências enganam.
Como diz o provérbio americano: 'Don't judge a book by its cover'
ResponderExcluirPois é...
ResponderExcluir