31 de março de 2009
A PAZ QUE EU NÃO QUERO
Composição: Marcelo Yuka
A minha alma
Está armada e apontada
Para a cara do sossego
Pois paz sem voz
Não é paz, é medo
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero conservar
Pra tentar ser feliz
As grades do condomínio
São pra trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace, me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe
Sentar na poltrona
Num dia de domingo
Procurando novas drogas de aluguel
Nesse vídeo coagido
É pela paz que eu não quero seguir admitindo
Vestido estampado
Acabou
Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dei a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti
Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos se você não me escuta eu não vou te chamar
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar
O amor só mudou de cor, agora já ta desbotado
Corra lá vem à tristeza atirando pra todos os lados
Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado
Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dê a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti
Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos se você não me escuta eu não vou te chamar
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar
O amor só mudou de cor, agora já ta desbotado
Corra lá vem à tristeza atirando pra todos os lados
Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado
(Ana Carolina, SonyBMG)
O Traidor
Não sei se voltaria
Se pudesses me perdoar
Certamente não o faria
As pedras são leves
E após tanto tempo
Ainda sinto o peso dos fardos
Nunca se esqueça
Que o mesmo mestre nos escolheu
Não que o mereça
Nem voê, nem eu
Traidores da mesma história
Que danem-se os espinhos vis
Regeitei amores gris
Sintilei meu próprio brilho
Numa estrela que jamais acendeu
Eu assumo: o traidor fui eu.
29 de março de 2009
O Único Olhar
As ruas estão tão vazias de carros, os meus passos vãos tão lentos na rapidez que descompassa ao ritmo das sublimes e tempestuosas batidas do meu coração. É verdade. Ainda tenho coração. E que digam que escrevo coisas sem nexo, pois os ignorantes não saber o que é sentimento, se o soubesse estariam escrevendo isto. Agora pois sois, não quem dizeis ser mas quem és em tua essência. A verdade da face mascarada com o medo e a incerteza. Tu és a única face. O único olhar.
15 de março de 2009
Deixe-me Entrar
Olhe nos meus olhos se puder fazê-lo
Cante a minha música se souber o meu compasso
Leia os meus pensamentos se me conheceres a alma
Grite o meu nome se acaso ainda tiver voz
Eu que sussurrava as palavras para que ninguém as ouvisse
Grito tão alto que nem eu mesmo me escuto
E as palavras que sonhei tanto em dizer
Perderam-se na dimensão entre o sonho e a realidade
Ame-me como nunca se ainda puder fazê-lo
Deixe-me entrar na tua íris e achar o que era meu
O amor que era meu. Seu. Mas não nosso.
5 de março de 2009
A boca
A boca com seus lábios carnudos, pontudos, pontiagudos que perfuraram meus lábios numa explosão de sentidos multiplos, num extase inxeplicável. A boca que beijou a minha boca foi até aonde minguém nunca foi. A boca sua foi te deixando toda nua, pra cair na sua. Sua lábia de língua. Palavras que se foram com o vento daquele momento, mas que continuam guardadas na minha mente. Lembranças mudas das verdades cruas, minhas e suas. Do nosso amor. Do nosso abraço. Do nosso passo.
Ainda beijo aquela boca, mas não somente isto. Hoje somos mais que duas bocas somos apenas um sexo e duas bocas se beijando. Somos o erótico e o santo. Tudo junto. E junto mais.