Parece ser o mesmo instante, mas não e bem assim. Se olhar lá no fundo vai ver quem é bom e quem é ruim. Fui parar a olhar a mim mesmo e obtive uma inadjetivável surpresa: sou eu a minha própria preza.
Mas que infame meu ridículo senso de bobagem. Inventei uma cena como num teatro. Fiz muito bem meu papel. A platéia aplaudiu boquiaberta, admirada com tamanha interpretação.
Bobo sou pela minha ignorância. Não percebi que me feria sonhando com o surreal. Não era para ser triste, nem melancólico. O drama nem era tão bom assim. O incrível é que me faço a mesma velha pergunta sempre, mas ainda não consigo responder: “Quem sou eu?”.
Fingido, arrogante, trapaceiro? Emotivo, chorão, encrenqueiro? Use o adjetivo que melhor lhe parecer. Essa é a pergunta que eu nunca vou saber responder. Só sei que sou eu mesmo em todos eles. Assumo as minhas multifaces. Bato no peito. Grito que não sou o herói da história. Quando escrever uma voltarei. Ai sim, serei rei.
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