“As coisas devem ser vistas exatamente como são, e subestimar a si mesmo é se afastar da realidade tanto quanto exagerar os próprios dons." (Sherlock Holmes)
Hoje foi um
dia filosófico para mim. Durante à tarde li em um conto a frase em epígrafe e fiz-me
meditabundo pelo o seu significado. No início da noite pus-me a assistir, mais
uma vez, Harry Potter. Desta vez, concentrei-me em uma entrevista dada pela
autora e mais uma vez, emocionei-me. Venho escrevendo um livro há algumas
semanas. Descartei todas as ideias anteriores e comecei uma nova, uma que
classifiquei como um livro para ser livro por distintas gerações.
A entrevista
de JK Rolling apenas confirmou o que eu venho aprendendo nas aulas de Prática
de Interpretação Textual, do prof. Flávio Carneiro: um autor não tem controle
sobre o que as pessoas vão ler, do mesmo modo que não se deve mostrar um
caminho para uma possível interpretação nem dizer que “está bom” ao ler seu
primeiro rascunho.
Estou tentando
dar vida aos meus personagens de maneira que eles andem por si só. Penso por
muitas vezes se isto não é um atrevimento meu, ultrapassando o meu méthron e
desejando ser como Machado de Assis, Clarice Lispector, Paulo Coelho e até
mesmo JK Rolling. Meu sonho não é escrever um livro para ser um monte de papel
com uma capa bonita, mas construir uma estação de trem onde as pessoas
embarquem num expresso que os leve a qualquer lugar dentro de suas próprias
mentes seja onde elas estiverem (no ônibus, em casa, no recreio).
Cheguei, por
fim, ao resultado de que não devo subestimar-me ou supermanquetear-me. Eu busco
uma Arete que está chegando em cada palavra, junto com a catarse que sonho um
dia produzir no meu leitor.
Um grande
abraço,
Nathan
Rodrigues.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO!