25 de maio de 2012

Vaidade, amiga da ignorância




Há alguns anos, cientistas afirmavam (teorizavam) que o Homo sapiens sapiens usava cerca de 15% da capacidade de autonomia do seu cérebro. Essa é uma das desculpas que eram dadas para justificar as ignorâncias cometidas (seja com palavras ou ações) pelos seres humanos. Ainda hoje, em plena era da tecnologia, onde o Google lhe dá qualquer informação em segundos, a ignorância e a repugnância pelo saber são filhos legítimos de algumas pessoas.

Já ouvi muitos reclamarem não saber “ler” a Bíblia e que esta só pode ser traduzida “pelo Espírito”. Ora, acredito que Deus não nos deixaria algo tão importante privando-nos de conhecer o que é dádiva. Os cursos de grego e hebraico das universidades públicas do país são os menos procurados enquanto fazem-se filas para matrículas de curso de teologia em uma semana.

Deter o conhecimento é algo muito doloroso. Sabe-se o que fazer, o que dizer e frequentemente cala-se a boca pelo medo. Os ignorantes estão em maior número. Eles podem iniciar uma rebelião. Mal sabem que estão sendo manipulados. Salomão, o rei, dizia que “na sabedoria há muito enfado e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza”. Advertiu-nos, ele, também que “os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas – a ambos lhes sucedem as mesmas coisas”. Todos passamos por situações semelhantes, contudo, a falta de conhecimento agrava a situação.

O mundo está cada vez mais individualista, porque as pessoas estão cada vez mais inconvenientes. Como vangloriar-se do conhecimento é, ainda assim, vaidade, deixo-lhes meditantes nas palavras do sábio filósofo. “De uma coisa eu sei: que nada sei”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO!