Há alguns anos, cientistas afirmavam (teorizavam) que o Homo sapiens sapiens usava cerca de 15%
da capacidade de autonomia do seu cérebro. Essa é uma das desculpas que eram
dadas para justificar as ignorâncias cometidas (seja com palavras ou ações)
pelos seres humanos. Ainda hoje, em plena era da tecnologia, onde o Google lhe
dá qualquer informação em segundos, a ignorância e a repugnância pelo saber são
filhos legítimos de algumas pessoas.
Já ouvi muitos reclamarem não saber “ler” a Bíblia e que
esta só pode ser traduzida “pelo Espírito”. Ora, acredito que Deus não nos
deixaria algo tão importante privando-nos de conhecer o que é dádiva. Os cursos
de grego e hebraico das universidades públicas do país são os menos procurados
enquanto fazem-se filas para matrículas de curso de teologia em uma semana.
Deter o conhecimento é algo muito doloroso. Sabe-se o que
fazer, o que dizer e frequentemente cala-se a boca pelo medo. Os ignorantes
estão em maior número. Eles podem iniciar uma rebelião. Mal sabem que estão
sendo manipulados. Salomão, o rei, dizia que “na sabedoria há muito enfado e o
que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza”. Advertiu-nos, ele, também que
“os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas – a ambos
lhes sucedem as mesmas coisas”. Todos passamos por situações semelhantes,
contudo, a falta de conhecimento agrava a situação.
O mundo está cada vez mais individualista, porque as pessoas
estão cada vez mais inconvenientes. Como vangloriar-se do conhecimento é, ainda
assim, vaidade, deixo-lhes meditantes nas palavras do sábio filósofo. “De uma coisa eu sei: que nada sei”.
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