Não dá para dar dois passos sem identificar uma pessoa
esteja ouvindo música em seu audioescutador. Nas vésperas de feriado, os ônibus
estão mais vazios e os congestionamentos mais intensos. Arrisco ainda, que é
possível encontrar nos coletivos pessoas em seus smartphones socializando-se
através das redes. Se você olhar pela janela, vai ver que muitos motoristas
assistem tv enquanto brigam por um espaço na pista. Nos táxis, jovens e
engravatados deslizam seus dedos nos Ipads. Estamos cercados de tecnologia e não
conseguimos sair do lugar.
Se por um lado Steve Jobs revolucionou o jeito de ouvir
música e ganhar milhões, conseguiu também fazer com que milhares de gravadoras
entrassem em decadência. Quando era criança cds pirata custavam R$10,00. Hoje
há originais custando menos que isso. Para economizar com livros recorria-se à
Xerox (isso depois de aposenta de vez o mimeógrafo), hoje já consegui
economizar mais de R$1.000,00 em livros com meu tablet. Qualquer pessoa pode
comprar um fusca. Viagens de avião são mais baratas. Aprender a pilotar aviões
virou moda entre mauricinhos. E o mundo insiste em dizer que somos paísagem
geográfica, como se nunca houvéssemos sido natureza. Muita pretensão, não
acham?
Se a bateria acaba entramos em pânico. Pegar um avião requer
paciência. Ir ao mercado da esquina requer o uso do carro. Vai com alguém? Não,
vou só eu. Milhões de pessoas pensam assim. Um currículo escrito à mão vale
muito menos que um formatado em Times New Roman. Todos os anos, o mês de janeiro
é cheio de notícias sobre chuvas e desabamentos e todos os anos as pessoas se
assustam. Somos escravos do que a Globo diz ou a Record fala. A verdade
absoluta é o que a Folha publica e a Veja declara. E se lhe tiram o notebook não
sabe fazer mais nada. Antes os negros eram escravos, hoje somos todos nós.
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