Ele ainda está sonolento. Na
verdade, acaba de acordar. Nunca estivera ali, nem sabia como chegara a lugar
tão horrendo. Tudo de que se lembrava era distante. Saíra de casa cedo para
trabalhar. Acordou suado como sempre acordava todas as manhãs. Tomou banho.
Lavando com mais intensidde o pênis, pois após o trabalho iria encontrar a
namorada. Ele amava sua namorada. Colocou o terno preto com a camisa branca.
Precisou de um pouco mais tempo para escolher a gravata. Sua mente pairava
entre a azul turquesa e a grená. Finalmente selecionou a azul dando-lhe um nó
italiano no pescoço. Nada como mais um extressante dia de trabalho. Pensou no
sexo que faria com sua namorada. Sentia orgasmo quando no ápice da felação,
passava a língua em sua glande. Ele passou o dia em meio aos papéis do
escritório. Pensou na sorte que tinha: 25 anos e estava ali. Está quase na hora
de bater o ponto. Pensou novamente no sexo. Sentia enrijecer o membro. Sentia
tanto orgulho que outro dia quase lambeu o próprio pênis. Voltou a si, pensando
em como seria vergonhoso se o vissem excitado. Tentou esfriar a cabeça. Já
estava na hora de ir. Caminou novamente até o carro abriu a porta e acordou ali
sem sequer saber o que houve.
O lugar é escuro e apenas uma
lâmpada o livra da escuridão total. Percebeu que estava de pé e que assim havia
dormido. Não que tivesse superpoderes, mas estava preso pelos braços por
correntes que desciam do teto, iam até os pés e volteavam os tornozelos. Não
sentiu os sapatos. Eles não estavam mais em seus pés. Nem o terno. Estava
completamente nu, exceto pela gravata turquesa frouxa em seu pescoço. Pensou na
namorada que o estava esperando, mas uma pequena janela deixava passar luz,
anunciando que já era manhã. Não havia relógio. Seu olhar atentava fixamente à
janela procurando vestigio de onde estava. Viu uma cruz, na verdade o próprio
Cristo de costas abençoando outrem. A porra do Cristo sempre abençoava outrem,
pensou. Pelo menos, sabia que estava no Rio.
Uma porta abrira-se no meio da
escuridão. A figura pitoresca de um homem gordo e nu apareceu em sua frente.
Proferiu algumas palavras que ainda sonolento não conseguiu entender. Apenas
via as banhas que lhe caiam sobre o pênis pequeno. Teve nojo, mas lembrou que
também estava nu. E se fosse outra vítima? Vítima de quem? Reparou que homem
trazia uma marmita. Pegou uma colher de arroz e feijão e enfiou na boca. Um
pouco de caldo e caroços escorreram pelos lábios e pelo pescoço gordo. Com a
mesma colher passou pelo corpo cheio de pelos colhendo os resídos da comida e depositando-os
na boca. Ainda acorrentado, sentiu muito mais nojo ao ver esta cena que a
anterior. Fechou os olhos para não vomitar. Sentiu algo encostando em sua boca.
Era a mesma colher cheia do mesmo feijão e arroz. Tentou rejeitar, mas com a
outra mão o gordo apertou-lhe os testículos. Sentiu tanta dor que abriu a boca
e nem sentiu o que engoliu. Sentiu vontade de chorar e ainda suava muito.
Fechou novamente os olhos. Queria acordar desse pesadelo.
O gordo largou a refeição em um
canto qualquer. Seu corpo extremesseu ao sentir com o próprio pênis a boca suja
do gordo. Ele chupava como uma criança a um pirulito. Lembrou de sua namorada
fazendo a mesma coisa, com carinho e amor. Lambendo a glande, entre o prepúcio
e por fim os testículos. Sentiu que o gordo concentrava-se agora justamente
entre o prepúcio e a glande. Alguns restos da comida ficaram alojados ali. Mais
uma vez, teve vontade de chorar como uma criança. Sentiu inda seus testiculos
doloridos pelo golpe. Mais uma vez pensou na namorada e em como ela acariciava
a bolsa escrotal. As mãos do gordo agora passavam uma espécie de óleo excitante
no pênis que aos poucos ia endurecendo. Teve nojo outra vez e sentiu-se um lixo
por estar traindo sua namorada. Mas não era sua culpa. Era culpa do gordo.
Um calafrio tomou-lhe o corpo. Sentiu prazer. O mesmo
prazer que sentia quando a namorada lhe chupava. Teve um orgasmo. Olhou
fixamente para o gordo. Ele ficava muito mais nojento quando sujo de esperma.
Sentiu nojo de si mesmo. A luz apagou-se. A escuridão era intensa. Não viu mais
o Cristo de costas. A Janela sumiu. Pensou que ia ser deixado ali para sempre.
Até que uma luz e uma voz... “Amor! Estava gostoso?” Reconheceria aquela voz em
qualquer lugar. Era sua namorada. Abriu os olhos e estava nu em sua cama. Ela
fazia-lhe sexo oral matinal e tinha o rosto sujo de esperma. Ficou confuso e
desejou sonhar outra vez com o gordo. Queria a boca suja do gordo. Queria gozar
na boca do gordo. Ele se apaixonou pelo gordo. O gordo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO!