15 de fevereiro de 2012

Uma Guerra chamada Carnaval



Dizem que o ano só começa realmente depois que as folhas do calendário marcando sua presença são deixadas de lado. Namoros são desmanchados, bancos são revestidos de madeira para evitar vandalismos e muita gente acredita ser o ponto alto do Brasil. Hoje observei o que isso representa para mim: uma guerra anual.

Minha mãe comprou os suprimentos para aguentarmos toda a passagem da artilharia. Diariamente as escolas de samba ensaiam com tiros de granada que fazem o chão da casa tremer. Já vi pessoas nuas na rua e, inúmeros pintos urinantes sacolejam seus últimos pingos nos postes e muros. Há até fila para essa aventura.

Não há como dormir. A infantaria canta suas marchas para todos os lados. Também há feridos caídos pelas ruas e ninguém consegue passar. Quando tudo acaba, só restam as cinzas. Aí, tudo volta ao normal. Podemos sair das nossas casas e contemplar o estrago.

Um comentário:

  1. Essa é uma realidade certamente vivida por muitos, nessa época do ano. Um grande abraço.

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