13 de outubro de 2010

Em pânico


Ás 8h17 da noite de 3 de março de 1943, sirenes antibombas berraram-no ar sobre Londres, Inglaterra. Trabalhadores e lojistas pararam nas calçadas e avenidas e examinaram os céus. Os ônibus pararam e esvaziaram. Motoristas frearam bruscamente e saíram de seus carros. Tiros podiam ser ouvidos a distância. Forças de artilharia antiaérea próximas lançaram uma salva de foguetes. Multidões nas ruas começaram a gritar. Algumas pessoas se atiraram no chão. Outros cobriram a cabeça e gritaram: “Estão lançando-as!” Todo mundo olhou para o alto procurando aviões inimigos. O fato de eles não terem visto nenhum não contribuiu em nada para diminuir a histeria.

As pessoas correram para a estação de metrô Bethnal Green, onde mais de quinhentos cidadãos já tinha se refugiado. Nos dez minutos seguintes, quinhentos cidadãos mais se ajuntaram a eles.

O problema começou quando muitas pessoas buscando segurança chegaram à escada da entrada ao mesmo tempo. Uma mulher carregando um bebê tropeçou em um dos 19 degraus irregulares que desciam da rua. A queda dela interrompeu o fluxo de pessoas, causando um efeito dominó de pessoas tropeçando por cima dela. Em segundos, centenas de pessoas horrorizadas foram jogadas juntas, se empilhando como roupa suja em uma cesta. As coisas pioraram quando os que chagaram depois pensaram que estivessem sendo deliberadamente barrados (não estavam). Então eles começaram a empurrar. O caos durou menos de 15 minutos. O emaranhado de corpos ficou até meia-noite. No fim, 173 homens, mulheres e crianças morreram.

Nenhuma bomba havia sido lançada.
Bombardeios não mataram as pessoas. O medo as matou.

Extraído do livro “Sem Medo de Viver” de Max Lucado.

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