24 de setembro de 2010

Quem é você?


            Quem é você que me deixa desgovernado? Que me faz delirar com sonhos que talvez nunca se realizem, e com palavras que você nunca irá pronunciar. Queria ouvir de você o mais simples “Eu te Amo”, queria te abraçar como ninguém jamais te abraçou. Entregar-me em teus braços e me deixar envolver pelo amor. Queria te beijar, sentir seus doces lábios tocando meus lábios.
            Queria realizar um conto de fadas que ninguém ainda escreveu: Você e Eu. Eu sei que sou um tolo enamorado loucamente desesperado por seus beijos, pela sua beleza que não consiste na aparência, mais no coração que muitas vezes só eu consigo ver.
            Quem me dera te ter. Quem me dera que você se apaixonasse loucamente por mim, do jeito que sou apaixonado por você. Quem é você que não me deixa viver em paz? Que me toma o pensamento todas as noites. Que faz nascer o sol em todas as minhas manhãs. Quem é você? Algo passageiro ou eterno. De uma coisa eu sei: por toda minha vida vou amar você.

Você não está


Você não está
Eu vou chorar
Vou me desesperar
Por que não sei aonde está
Será que está bem?
Será que tem alguém pra te ajudar?
Será que está chorando?
Será que está feliz?
Aonde está você?
Que me faz tanta falta
Impossível tirar você do pensamento
Já não sei o que dizer
Pra expressar o que sinto por você
Meu tudo, minha vida, meu amor
Meu coração apaixonado não me deixa em paz
Ele quer o seu coração
E agora?
Você não está
Com é que eu vou ficar?

Lágrimas


São tão intensas minhas lágrimas
Muito maiores que as minhas mágoas
Descobrir que fui traído
Não trocado por outro, mas por ninguém

É impossível não chorar
Tenho medo de tentar outra vez
E errar de novo
Tenho medo de viver outra vez

Meu chão foi embora
Como num despertar de um sonho
Meus sonhos desmoronaram
E seus escombros caíram
Dolorosamente sobre mim

Meu Deus, por que eu?
Por que sou eu
Que tenho que chorar
Lágrimas que nunca secam
Que não cessam?

Quero me deitar
E me esquecer de tudo
E só lembrar que vai haver amanhã
Que o sol de novo vai brilhar
E que isso tudo vai acabar...

Felicidade


Tempo bom é estar com você
Te olhar sorrindo sem você perceber
Me fascinar com cada detalhe
Teus suaves passos caminham lentamente
Em direção contrária
Mas ainda tenho esperança
De você se aproximar, chegar a mim

Sinceramente não me entendo
E nem quero entender
Se tem você, nada mais é preciso
Felicidade pra mim só tem um significado: você

Será...


Será que vou ter que morrer para entender?
Que o meu maior sonho se frustrou?
Será que mais uma vez meu mundo terá que desabar?

Quem será você que há pouco dizia que a conhecia?
Será que me enganei?
Será que o sol que me dava luz e calor sucumbiu a pó?
Quantas vezes meu mundo vai ter que desabar?
Quantas vezes vou ter que chorar?
Será que algum dia vou perder este medo de amar?
Será que algum dia essa dor terrível vai passar?
Ou será que ainda há esperança de você chegar?
Isso só Deus sabe...
... Mas preciso saber
Tenho que esperar
Mas será?...

Todas as coisas do mundo


Todos os dias
Todas as coisas do mundo
Se resumem a você
As ondas do mar
A correnteza dos rios
Todas as coisas do mundo
Se resumem a você

Você que me da inspiração para viver
Você que me faz todos os dias sonhar
Me faz viajar quando ouço o som da tua voz
Que é mais doce que o mel
Que é tudo pra mim

Todos os momentos são seus
Tudo que vejo são seus olhos
E te encontro me perco
E se te perco não me acho
Todas as coisas do mundo
O meu mundo é você...

Meu Grande Amor

           
            Uma das minhas grandes paixões é a chuva. E como eu queria que você fosse a minha tempestade. Que aquieta a alma e que faz até o mais triste calabouço, virar a mais aconchegante prisão.

            Podem me chamar de louco, mas é a pura verdade. Também sou apaixonado pela verdade. Verdade é realidade e mentira é ilusão. Queria que você fosse minha realidade, pra nunca acabar esse amor.

            Amor. outra paixão que tenho. Toda vez que alguém cita essa palavra, lembro-me de você. Por que tenho muitas paixões, mas o meu grande amor é você.

23 de setembro de 2010

Sprint



Não dá pra parar agora. Os pés estão pisando nos espinhos. A voz se abafa pelas lágrimas. Mas não dá pra parar. Preciso de fôlego. Preciso de um sprint. Coloquei uma folha de papel com essa palavra na parede do meu quarto. O sprint trata-se de um fôlego que um corredor toma quase no fim da maratona. Quando faltam só 100 metros. Quando o pensamento é invadido pela exclamação: Descanse! Isso torna-se muito óbvio, mas ao mesmo tempo é um grande problema. Não é hora de descançar. Nós nunca descansamos. Sempre estamos fazendo alguma coisa. Até os adeptos do nadismo fazem nada de vem em quando.


A mulher chora na beira da calçada. O motorista passa com carro em cima da poça, molhando-a. Mais a frente o garda corrupto multa o carro por excesso de velocidade, mas oferece a possibilidade de absorção por apenas 50 reais. O filho do guarda morreu. na verdade ele nem nasceu. A mãe é aquela mulher sentada, molhada pelo motorista. Sempre pensamos em parar. Mas a vida não para. É preciso tomar um fôlego, um sprint e continuar correndo. Faltam só 100 metros até a linha de chegada.


Cada um corre à sua maneira. Cada um faz o seu caminho como quer (ou como pode). O que realmente importa é nunca parar. Bob Marley assim que foi baleado saiu do hospital e foi fazer um show. Muitos perguntaram o porquê da atitude tão radical do cantor. "O mal não para", disse ele. A frase que subentende-se aos intelectuais é "Por que haveríamos de para então se acaso o mal não para". E assim seguimos. Uns sem pernas, outros sem lágrimas. Outros inda sem chão. Só não dá pra seguir sem vida.

21 de setembro de 2010

Sonho de Consumo




O desejo mais ardente da massa populacional brasileira é ver o dinheiro público sendo bem aplicado. Mais do que isso, é ter na administração dos tributos alguém inteligente. Isso significa imputar melhorias até ao ar que se respira.

É extremamente coesa a indignação da população com os roubos e desperdícios. Cuecas recheadas com colossais montantes de fortuna ou mesmo os vinte e oito mil reais mensais gastos com frutas para os parlamentares.

A mãe que segura o bebê morto na fila do hospital e o boia-fria que sai cedo para trabalhar porque não há emprego, água ou terra sabem bem o que é o peso da indignação.

Se acaso fossem somados o bom uso dos cofres públicos e as riquezas nacionais o Brasil se colocaria como o mais desenvolvido do mundo. Pode-se então dizer que o sonho de consumo do povo brasileiro é tornar-se uma nação com dignidade, seriedade e qualidade de vida.

O fato (Ela sempre volta)




A voz é suave. Voa nas asas do vento. Flutua nos meus pensamentos. Volta aos meus ouvidos. Ela sempre volta. Ela diz, canta, grita, sussurra. Ela se comunica, se volta a mim.

A voz me leva onde nunca estive a e nunca estarei. A voz me estremece, me tira da inércia. Tudo é voz. Tudo canta. Sempre. Não existe vida sem canção. Não existe sonho sem razão. Não existe guerra sem nação. Tudo é voz, tudo é canção.

Por que grito tão alto? Por quê? Na verdade estou em silêncio. A caneta grita por mim. Ela canta no papel o que eu queria dizer. Ela fala por mim os pensamentos que são gritados.

Quem será essa voz leve como uma brisa e forte como uma ventania? Quem será esse grito silencioso que canta no papel a mesma canção durante os séculos. Eu lírico, onde estás? Deixa-me ver o teu rosto. Mostra-me a face do vento. Conta-me os dias do tempo.

A caneta continua gritando, não consigo parar. E parar para quê? O tempo não para. O grito não deixa de ser levado pelo vento. O mal não para. Por que eu devo parar? Sou uma voz na escuridão. Eu mesmo em todas as formas de sussurro. Eu ainda sou o vento. Eu ainda sou a voz. Sou claro no ato. O fato.

Ninguém importante




Ouve-se um barulho. Um grito macabro soava pela vizinhança. Regado ao som da chuva e à escuridão da noite. Ele é capaz de alcançar quilômetros de distância. Alguém acorda. A luz da casa se acende. Aparece um homem na janela. Ele olha a rua, analisa o recinto, contudo, nada encontra.

A noite torna-se dia. O céu é invadido pela luz de estrela mor e na rua vê-se um rastro de sangue. O corpo de uma mulher caucasiana, desnudo, fora achado. As crianças se assustavam com a cena. A chuva diluía a grande poça de sangue no asfalto. No entorno formou-se uma pequena multidão. Curiosos, que passavam por ali.

A expressão era de medo no rosto dos moradores, Aquela era umas das ruas mais pacatas do bairro. Quando a polícia chegou, a aglomeração começou a dissipar-se. Nada era normal. Ela começou a ser retirada. Ela tem um buraco na testa.
O sangue continua na rua. A cena de um crime a céu aberto ficará para sempre lá. Não se procurou o assassino. Ninguém reforçou a segurança. Foi só uma mulher. Não tinha importância.

Caindo em esquecimento



Batem-se palmas. O teatro lotado bravamente admira a cena. Todos estão com faces sorridentes. O ator desconcertado tenta lembrar a fala. Seus companheiros tentam ajuda-lo, repetem continuamente a deixa. O público nota. Comenta. O diretor bravo faz sinais da coxia.

O quê? Anh?! Eu esqueci a fala!

Essa foi a sentença de demissão. O diretor instantaneamente pega o contrato e grita:


Está demitido! Você foi o pior ator que vi em mais de trinta anos!

A partir daí generalizou-se a discussão em cima do palco. Uns apoiavam a decisão do diretor. Outros defendiam como feras o esquecido ator. Até que então, começou a pancadaria. Chutes e socos emaranhavam-se e a plateia começou a rir. Aplausos se ouviam. Parou-se a bagunça para se dar atenção ao público. O contra regra astuto fechou as cortinas dando fim ao espetáculo.

A plateia saiu encantada com a descontraída e inusitada apresentação. No dia seguinte a crítica foi a melhor possível. O esquecido ator fora recontratado. Agora como diretor do teatro. E quanto ao diretor? Ele esqueceu a fala e foi demitido.

16 de setembro de 2010



Será que ainda há luz no fim do túnel? Há tantos motivos para pensar na resposta negativa e ao mesmo tempo um desejo ardente queima dentro de mim esperando o positivo.

Quero compartilhar algo com todos. Essa canção me emociona.

http://www.youtube.com/watch?v=vY3Jsp2iLkA

11 de setembro de 2010

Pequenas Palavras


Queria te dizer pequenas palavras que o meu coração escreveu pensando em você. Queria dizer em seus olhos, mas eles me deixam sem palavras. Queria dizer o quanto eu te amo, mas como? Como poderia dizer “Eu te amo” a quem eu amo? Como diria o que sinto? Lembro do dia em que te conheci. Foi tudo tão rápido e tão depressa... Mas foi inesquecível. Às vezes eu me pergunto quem você espera o que você espera.

Nunca seria a pessoa certa pra você e pra ninguém, mais vi uma razão para mudar. Não por mim, mas por aquilo que desejo. E desejei pelo desejo mudar meu jeito de falar, de pensar, de viver. Mas, aí pensei “Será que estou mudando para o que esperas?”. Olhei pra você e vi o que mais me impressiona: você.

Você é você não importa a situação. Não importa o que digam, o que pensam, você é sempre você e para todos você é você. Percebi então que deveria ser o que sou. Mas o que sou é tão ruim...

Decidi mudar o que sou para o que não sou eu ser, e assim ser eu mesmo como você é você sem medo ser você. Descobri que te amo demais por que você é você e nada mais. Amo você muito mais do que pensei amar. Amo você sem maldades, sem interesses. E como era o objetivo desta mensagem, três palavras dizem tudo: Eu te amo!!!

1 de setembro de 2010

Mais que o refrão


Há tantas pessoas. Tantos palpites, tantas opiniões. Tanta gente ao meu lado e eu me sinto tão sozinho, tão sem amor. Meus olhos já choraram tantas vezes, mas as lágrimas ainda forçam a saída. Há tanta coisa que eu queria ser e não sou. Há tanta coisa que eu gostaria de ter e não tenho.

Queria lançar-me a uma paixão súbita por alguém. Queria beijar a boca loucamente. Ser o amante do amante. Eu queria sair de mim, mas abro os olhos para a minha triste realidade. Eu não sou real. O meu corpo excita-se ao olhar-lhe o corpo único que me atrai. Há um fogo que me afoga por completo.

Passo minhas mãos em sua imagem, em minha mente. Meu sonho respira fundo. Nada está tranquilo. As pessoas caminham ao meu redor. Umas choram, outras riem. E você está desnudo em minha mente. Seu corpo não é belo, mas ainda é meu sonho.

Num súbito momento acordo para a realidade. O real e o imaginário se confundem. O refrão vira introdução. Me pego, então, cantando sozinho a tal canção que não sei a letra, não mais que o refrão. As pessoas ao meu redor se foram. E eu permaneço só.

Até a próxima foda


Meus nervos estão aflorando a pele. Estou estressado até o pâncreas. Tudo me tira do sério. O cara do prato, a mulher com o bebê no colo, a menina mal-educada. Por fora há uma brisa que leva o meu silêncio. Por dentro há uma sirene gritando “foda-se” em 180 decibéis.

Provavelmente as pessoas que lerem isto não conseguirão entender essa breve síntese da minha mente. É algo tão particular que nem sei por que estou escrevendo. Há tanta coisa sobre a minha responsabilidade. Há tanto a se fazer em Gileade. Minha casa está uma bagunça. Estou acima do peso. As pessoas se aproveitam da minha bondade. Abusam das possibilidades. Minha paciência já se foi há muito tempo.

Soda cáustica ou Diabo verde. Chumbinho ou naftalina. Às vezes o meu pensamento é macabro. Mas não tão macabro quanto gostaria. Com certeza gostaria de ter proferido muito mais que um “foda-se” para a garotinha mal-educada. Muito mais do que um “filha da puta” para a piranha com o bebê no colo. Acho que um dia a sirene estoura as barreiras do meu subconsciente e fode toda esta porra.

Desculpe os palavrões, é que o meu stress está me consumindo. Preciso jogá-lo ao papel antes que me decomponha. Até a próxima foda.