21 de setembro de 2010

Ninguém importante




Ouve-se um barulho. Um grito macabro soava pela vizinhança. Regado ao som da chuva e à escuridão da noite. Ele é capaz de alcançar quilômetros de distância. Alguém acorda. A luz da casa se acende. Aparece um homem na janela. Ele olha a rua, analisa o recinto, contudo, nada encontra.

A noite torna-se dia. O céu é invadido pela luz de estrela mor e na rua vê-se um rastro de sangue. O corpo de uma mulher caucasiana, desnudo, fora achado. As crianças se assustavam com a cena. A chuva diluía a grande poça de sangue no asfalto. No entorno formou-se uma pequena multidão. Curiosos, que passavam por ali.

A expressão era de medo no rosto dos moradores, Aquela era umas das ruas mais pacatas do bairro. Quando a polícia chegou, a aglomeração começou a dissipar-se. Nada era normal. Ela começou a ser retirada. Ela tem um buraco na testa.
O sangue continua na rua. A cena de um crime a céu aberto ficará para sempre lá. Não se procurou o assassino. Ninguém reforçou a segurança. Foi só uma mulher. Não tinha importância.

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