Ele afrouxa a gravata. Está na hora de ir para casa depois de mais um longo dia de trabalho. Antes de sair do estacionamento confere as ligações perdidas. Uma de sua mulher.
—Amor, você me ligou?
—Sim. Preparei uma surpresa especial para você.
O sorriso malicioso em seus lábios não pode passar pelo telefone que fora desligado com toda rapidez de chegar em casa. Nada como uma boa noite de sexo para tirar todo o peso do estresse. E que estresse! Cada dia é mais difícil conviver em um ambiente de trabalho. Assim pensava ele deixando elevar-se o volume entre as pernas. Lembrava-se das loucuras tão rotineiras da sua mulher, tinha orgulho de tê-la em orgasmos múltiplos. Estava tão longe de si que quase bateu o carro no infinito transito.
Depois de duas longas, carro na garagem, e luzes apagadas estava em casa. Luzes apagadas? Será uma forma de sexo no escuro? Tão estranho, parecia-lhe que teriam um sexo tão selvagem, mas no escuro? Abriu a porta chamando a mulher que respondeu do quarto com ofegante voz. À penumbra da luz negra viu sua mulher sobre a cama. Lingerie de couro e chicote como a Tiazinha. Lembrara-se deste personagem e das vezes que quando solteiro masturbava-se inspirado naquela figura tão erótica. Ao descobri-lo no recinto, ela fez acender uma luz vermelha como num bordel. Despiu-lhe o terno. Primeiro o paletó, depois a camisa. Abriu o zíper e o sinto, cada um com uma mão. A calça desceu aos pés e ela fez questão de fazer o mesmo com a cueca branca que comprara especialmente para o marido. Era modelo Boxer, sem costura, com elástico vermelho. Parecia ter um orgasmo só em vê-lo com a roupa íntima. Desabotoou a camisa, botão a botão até deixa-lo completamente nu.
Após o ritual beijaram-se. Ela interrompeu o beijo, e sussurrou-lhe:
—Hoje quem manda é eu.
O membro ereto ficara mais duro ao sentir o calor das palavras da esposa.
—Feche os olhos.
Ele prontamente obedeceu. E como instantaneamente sentiu seu ar indo embora. Caiu contorcendo-se de dor, segurando os testículos. Enquanto isso, a louca algemava lhe os braços por trás enquanto sua mente tentava imaginar o que se passava. Se acaso estaria sendo sequestrado pela própria esposa para conseguir o dinheiro do seguro ou coisa do tipo.
—Hoje a noite é sado.
Ele estremeceu ao ouvir a frase. Desta vez o membro não levantou, na verdade ele adormeceu com o chute. Mas seria esse apenas o começo da grande surpresa. Agora ela está alevantá-lo para uma sessão de chicotadas. Daqui a pouca, vela derretida no púbis. Isso até terminar com choques elétricos no pênis. Ela adorava o apetite sexual do marido. Tão liberal.
—Amor, não é excitante? Devíamos fazer mais vezes assim.
Ele não conseguiu responder. Estava desmaiado e dolorido.
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