Não parecer ser eu, nem os meus sonhos
Há um vício que percorre todo o meu corpo
Como suas mãos a descobrirem-me
Sua respiração injeta-me euforia
Ouço uma voz falando coisas vazias: é a tua
Gostaria de gritar o seu nome
Mas é apenas silhueta
Queria que versos tais fossem perfeitos
Como nosso amor
Mas sua fotografia para o meu mundo todos os dias
As canções que você gostava ainda tocam em mim
Como fossem a melodia do vento
Ainda te procuro em meu quarto
Como se ainda estivesse ali
Como se ainda pudesse abraçar-me
Inadjetivavelmente
Como fosse sorriso perfeito
A iluminar minhas manhãs
Que se dane a métrica perfeita
Que se danem os pronomes e os teus nãos
Que o raio parta o teu não quero mais
Que seja só uma lembrança
Que eu não consiga apagar
Ainda vivem as nossas conversas
Dos nossos assuntos sem nexo e compreensão
Das tuas rizadas estúpidas
Da minha romântica estupefação
Mas a gente não conversa mais
A gente nem se olha com medo de não chorar
Eu passaria minha vida a ouvir seu coração
Deixaria tudo para entender sua razão
Dir-te-ia sim, mesmo querendo dizer não
Usaria mesóclises mesmo sem intenção
Queria poder dizer, mas ainda quero
Quem foi que disse que não sabe escrever poesia? =P
ResponderExcluirLindo, Nathan! Transceva tua alma, que é tão gostoso ler a alma de outrem...
Não só sabe, como também sabe descrever com sutileza e suavidade cada palavra inserida. Bom fim de semana.
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