5 de setembro de 2011

Um Mundo Borderline

Há quem diga que houve uma implosão. A explicação mais lógica é que os últimos andares cederam sobre si mesmos e foram caindo até o chão. A Globo e TVs americanas chamam de o maior atentado da história, superando ainda os ataques ao Japão (com 200 mil mortos). Sei que este assunto é meio clichê, mas não vou deixar passar um pensamento desses.

Todos nós, não-estadunidanses, já estávamos fartos da supremacia americana e do ideal americano de “Deus salve à America”. Diga-se de passagem que boa parte do mundo queria ter feito aquilo (o que não justifica, óbvio). Não sou totalmente de esquerda e não acho que o socialismo funcione melhor que o capitalismo, mas achar que pertencer aos Estados Unidos da América  torna alguém superior é burrice.

O presidente foi ao ar e deixou tudo para seus auxiliares. O secretário de defesa foi carregar macas e ninguém sabia o que fazer com toda sua tecnologia de ponta. Os filmes deixaram de exibir um inimigo russo e focaram o oriente médio. No dia 11 de setembro de 2001, o mundo começou a ver a face oca da imponência americana. Deixo claro que meu objetivo não é menosprezar o povo americano, que lê o meu Blog e me trata com carinho. Lembro que há tempos o mundo deseja alguém mais humano na liderança e a eleição de Obama é prova disso.

É evidente que o nacionalismo americano nunca se curvaria à inteligência de um grupo terrorista que deixou em pânico a maior potência do planeta. Em contra partida, gritam os mais radicais republicanos: “seus muçulmanos malditos” como se todo oriente fosse responsável pelo despreparo militar daquela nação.

Uma coisa que aprendi e levo sempre comigo, é que as máquinas são falhas e propensas a muito mais erros que nós. Computadores reiniciam quando não salvamos nossos trabalhos. Projetores queimam suas lâmpadas quanto temos que fazer uma apresentação. Há quedas de energia, sobrecarga e até curtocircuito. Mas o ser humano precisa aprender a se virar. A partir daquele dia, todos nós entendemos que não somos países de 2º ou 3º mundo se não seguimos o padrão americano. Depois daquilo, Michael Jackson morreu. Uma marolinha deixou milhões de pessoas desempregadas. A Europa entrou em crise. E então, uma virgem chamada Brasil tornou-se a donzela desejada por todos. “E volta o cão arrependido”. Definitivamente vivemos em um mundo Borderline.

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