(Fábula de Esopo)
Os animais foram chamados por Júpiter para um exame. Fedro depois de ouvir Esopo informa que o criador queria que dissessem como cada um considerava sua aparência. O porta-voz que chamou os outros, o símio foi o primeiro perguntado. Respondeu que se sentia o mais belo dos animais. Comparou-se com o urso “desajeitado, de cabeça baixa, coisa feia”.
O urso também achou que era o mais elegante, comparando com aquela “massa sem forma” do elefante com suas orelhas e tromba esquisitos. O elefante, por sua vez se comparou como muito esbelto frente à “gordurenta baleia”. A baleia estava longe exibindo-se nas águas sem querer saber de perguntas provavelmente julgando-se “a maior”.
Intrometeu-se neste momento a minúscula formiga que vinha nas costas do elefante para considerar-se verdadeira gigante frente à pulga!
E o senhor do raio e do trovão dirigiu-se ao mais caçoador dos outros e autoelogiante, dentre todos os animais, o homem… Estaria o deus romano até agora ouvindo as críticas a todos, se pretendesse deixar o homem terminar.
Voltou-se a Esopo avisando: Eu dei ao homem dois alforges que lhe dependurei deixando a suas costas o que contém os defeitos do próprio, em total equivalência com o que está à frente contendo todos os defeitos dos outros, de modo que cada um só enxerga os defeitos dos outros e não vê os seus.
Para alcançar o equilíbrio ele precisa examinar o que carrega nas costas, mas está muito ocupado em criticar os outros, pois é o único que vê à sua frente. Analisemos a incoerência desse deus pagão – se foi ele que fez assim, como pode criticar e condenar depois?
Nos Evangelhos é Jesus Cristo que manda tirar a trave da frente dos nossos olhos antes de mandar tirar o argueiro dos olhos dos nossos irmãos.
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