19 de dezembro de 2009
UMA CARTA PARA PAPAI NOEL
UMA CARTA PARA PAPAI NOEL (Titulo meu)
Olá Pai Natal, a 1ª vez que escrevo pa ti
Poupa o atrevimento, mas tenho alguns pedidos
Espero que não fiquem n'alguma prateleira esquecidos
Como nunca te pedi nada
Peço tudo de uma vez e fica a conversa despachada
Talvez aches os pedidos meio extravagantes
Queria que pusesses juízo na cabeça destes governantes
Tira-lhes as armas e a vontade da Guerra
É que senão acabamos a pedir-te uma nova terra
Ao sem-abrigo indigente, dá-lhe uma vida decente
E arranja-lhe trabalho em vez de mais uma sopa quente
E ao pobre coitado e ao desempregado
Arranja-lhe um emprego em que ele nao se sinta explorado
E ao soldado, manda-o de volta pa junto da mulher
Acredita que é isso que ele quer
Vai ver África de perto, não vejas pelos jornais
Dá de comer às crianças, ergue escolas e hospitais
Cura as doenças e distribui vacinas
Dá carrinhos aos meninos e bonecas às meninas
E dá-lhes paz e alegria
Ao idoso sozinho em casa, arranja-lhe boa companhia
Já sei que só ofereçes aos meninos bem comportados
Mas alguns portam-se mal e dás condomínios fechados
Jatos privados, carros topo de gama importados
Grandes ordenados, apagas pecados a culpados
Desculpa o pouco entusiasmo, não me leves a mal
Não percebo como é que isto se tornou um feriado comercial
Parece que é desculpa para um ano de costas voltadas
E a unica coisa que interessa é se as prendas estao compradas
E quando passa o Natal dás à sola
Há quem diga que não existes, quem te inventou foi a Coca-Cola
Não te preocupes que eu não digo a ninguém
Se és Pai Natal, deves ser pai de alguém
Para mim Natal é a qualquer hora, basta querer
Gosto de dar e não preciso de pretextos para oferecer
E já agora para acabar, sem querer abusar
Dá-nos paz e amor e nem é preciso embrulhar
Muita felicidade, saúde acima de tudo
Se puderes dá-nos boas notas com pouco estudo
Desculpa o incómodo e continua com as tuas prendas
Feliz Natal para ti, e já agora, baixa as rendas.
Feliz Natal!
(Autor: Hugo Macedo)
www.hugomacedo.net
5 de dezembro de 2009
Onde estão os inocentes?
Eu estou voando. Não sei aonde vou, mas sei que chegarei a um lugar melhor do que estou. Mesmo com as súbitas tempestades que me surpreendem, eu chegarei lá. Onde os horizontes não são tão planos. São como panos que voam em suas saliências. São como vozes equalizadas na canção da minha paz.
Onde será lá afinal? Quem já se aventurou no infinito das incertezas certo de que estaria seguro que nenhuma praga assolaria sua tenda? E por que estou escrevendo isto afinal? Não tenho mais o que fazer, deve ser. A minha paz esta descansando, tirando férias em algum lugar. Aqui somente os tiros voam tranqüilos na sua rota, na busca de uma alma distraída e inocente.
Os inocentes são os mais suculentos. Não correm, não fogem. Não sabem de nada. As balas safadas furam a cara de quem as botar no caminho. O caminho que o pai usa pra ir ao trabalho. O mesmo em que passa pra voltar a casa. Ninguém mais pode ser inocente. Proibiram-nos de sair de casa. Onde estão os inocentes?
25 de novembro de 2009
NADA DE VOCÊ E SÓ
Eu cheguei a me pintar de azul
Pensei até em me mudar pro Sul
Só pra ver se você me via
Mas atentou pra linha
Teceu uma rede fria
E ainda não me notou
Me anotou no seu caderno de esquecimentos
Sorriu um sincero alento
Me fez flutuar me enganando com as tuas palavras de amor
Tentei degustá-las mas estavam todas cruas, sem sabor
Onde foi parar o seu amor?
Mas nunca... Nunca o consigo encontrar
Eu faço hora nos teus calcanhares
Fico à sombra dos teus lumiares
Pareço mais um marciano em terras lunares
Não tenho melhor nem pior
Nada de você e só!
23 de novembro de 2009
16 de novembro de 2009
Entre mãe e filho...
Entre mãe e filho...
— Rubiabisneu! Venha cá meu filho!
— Diga mamãe!
— Onde está seu irmão Manoeufueu?
— Lá na quadra de fasepioca!
— E quem deixou ele ir pra lá? Vocês sabem que esse esporte é muito perigoso.
— Mas mamãe, ele só estava voando um pouquinho.
— E se ele for atropelado por um dirigível, ou um planador?
— O DETRANAE* cobre os estragos.
— Mas que besteira é essa. Vou lavar sua boca com sabão.
— Só sabão? Mas e água?
— A água acabou quando você foi dormir há três milênios atrás.
— E agora?
— E agora só chorume ou coliformes fecais. E ande logo antes que acabe o sabonete.
*Departamento de Transito Aério
11 de novembro de 2009
Sem Você
Quando fecho os olhos
Vejo meu mundo ser você
Subo alto, num voo livre
Onde estará o meu sol?
Sinto-me a isca do anzol
Eu morava nos meus próprios sonhos
Mas acordei em meio aos escombros
Cantava uma canção sem saber a melodia
Tremia com medo da noite escura e fria
Meus pés saíram do chão
Mas na verdade não movi um centimetro
Eu sorria o meu choro ao leo
Para fazer contruir uma imagem do céu
Este amor que eu sentia sem perceber
Foi me fazendo aos poucos perceber
Que não sei mais nada sem você
Eu nunca mais vi o sol nascer
A tua falta me faz perceber
Que eu não sei ser nada sem você
Sem Você...
2 de novembro de 2009
Eu corro...
27 de outubro de 2009
26 de outubro de 2009
Emilia forma palavras
CAFÉ LITERÁRIO - ESQUETE
1º Ato - Início - Performance MONTEIRO LOBATO
MONTEIRO LOBATO entra, senta-se ante a maquina de escrever e começa a datilografar a historia.
MONTEIRO LOBATO: Vocês devem estar se perguntando quem sou eu... Ora... Não me conhecem? Eu sou Monteiro Lobato. O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos. Eu nasci numa fazenda
2º Ato - Abertura - Monólogo SACI
A Tia Nastácia esta no palco arrumando a mesa e não percebe a entrada do Saci.
O Saci entra cuidando para que a Tia Nastácia não o veja.
SACI: Bom Dia, Senhoras! Bom Dia, Senhores! Meninos, meninas do meu Brasil. Esta começando agora o 2º Café Literário do Colégio São Gonçalo. E nesta edição vamos fazer uma viagem ao Mundo Mágico do Sitio do Pica-pau Amarelo... Ih!... A Dona Benta vem ai... Eu tenho que ir... Tchau pessoal!!!
3º Ato - Tia Nastácia e Dona Benta conversando (desfile)
DONA BENTA: Tia Nastácia!... A senhora viu a Narizinho e o Pedrinho por ai?... Não os encontro em lugar algum...
TIA NASTACIA: Ah Dona Benta... Essas dois acharam um livro de um tal de Monteiro Lobato e não para de ler em nenhum lugar.
DONA BENTA: Menos mal. Monteiro Lobato foi um dos melhores escritores do Brasil e eh também o meu preferido. Foi ele quem escreveu o Sitio do Pica-pau Amarelo. Aquele livro que fala sobre a Emilia, aquela boneca de pano.
TIA NASTACIA: Num eh nesse livro que tem a tal da bruxa Cuca?
DONA BENTA: Isso mesmo. A Cuca eh uma bruxa malvada. Mas também tem o Visconde de Sabugosa. Um senhor muito simpático... Ahh e também não vamos esquecer o Tio Barnabé. Esses personagens são fantásticos.
TIA NASTACIA: Eh... Mas agora eles começaram a falar umas coisas que eu não entendo nada, so.
DONA BENTA: Mas o que eles falaram que você não entendeu?
TIA NASTACIA: Essa tal de raiz das palavra! E la palavra tem raiz, so?!?
DONA BENTA: (Risada) São partes das palavras que dão origem a outras. Também são chamadas de sufixos e prefixos. Por exemplo: com a palavra jardim, podemos formar outras palavras como jardineiro e jardinagem.
TIA NASTACIA: Ah! Entendi! Mas que trem eh esse de suflixo, refluxo ou sei la o que, so?
DONA BENTA: (Risada) São prefixos e sufixos. Eh muito simples. São as partes iguais nas palavras. Os prefixos aparecem na frente das palavras como: trans, re e com. Já os sufixos aparecem no final das palavras, como o formar por exemplo. Assim, se juntarmos o prefixo e o sufixo teremos uma nova palavra.
TIA NASTACIA: Minha Nossa Senhora Aparecida das Grimpa Turva!!!... Então eh fácil de mais, so!... Então deixa eu ver se entendi. Se eu juntar o prefixo trans e o sufixo formar, eu tenho a palavra transformar. Do mesmo jeito que eu posso formais o reformar e confirmar?!?
DONA BENTA: Isso! Isso mesmo!
TIA NASTACIA: Mas que trem bao, so!
4º Ato - Emilia forma palavras
PEDRINHO E NARIZINHO entram correndo e falam (juntos): Vovo! Vovo!
NARIZINHO: Conte-nos a historia da Emilia, os sufixos e os prefixos.
PEDRINHO: Sim, por favor!
O Pedrinho entrega o livro para Dona Benta, que o pega, abre-o e inicia a leitura:
DONA BENTA: Um reino não muito distante chamado Gramática recebeu a visita de um grupo um tanto diferente: uma boneca de retalhos, um sabugo de milho e um porquinho muito fofo...
Neste momento os personagens imaginários entram.
EMILIA: Ai, Senhor Visconde, estou tão cansada... Já caminhamos por quase uma hora. Onde esta a sua amiga?...
VISCONDE: Acho que estamos próximos... - Visconde olha para o lado e avista a Etimologia, cumprimenta-a ajoelhando-se e beijando-lhe a mao - Eh uma honra revê-la após tantos anos, Senhorita.
ETIMOLOGIA: Como assim após tantos anos?... Esta me chamado de velha?
VISCONDE: De maneira alguma, senhorita.
EMILIA: Oh minha cara, não de ouvidos a esse ai. Prazer, eu sou Emilia - cumprimenta-se com beijos no rosto. - E este aqui eh o Rabicó.
RABOCO: Encantado em conhecê-la.
ETIMOLOGIA: Então... A que devo a honra desta inesperada visita?
EMILIA: Eu gostaria de saber um pouco sobre os sufixos e os prefixos. O Visconde disse que a Senhorita eh sabida do assunto...
ETIMOLOGIA: Ah!! Por que não falaram logo. - Etimologia grita: Pessoal, podem vir. - Entram as palavras. - Estes são os sufixos e prefixos. Nos usamos para formar palavras novas. Sintam-se a vontade para formar as palavras que quiserem!
EMILIA: Muito agradecida. - Emilia analisa os fragmentos de palavras a sua frente e seleciona dois para formar uma palavra. - Você e você! (pedr+aria). Pedraria. Nunca ouvi falar nesta.
ETIMOLOGIA: Tente novamente! Eh divertido!
EMILIA: Você e você. (pedr+eira) Pedreira. Ai! Que coisa fantástica!
RABICO: Agora eh minha vez! Minha vez! (Cas+Ada) Casada.
VISCONDE: Ei! Não se esqueçam de mim! (pedr+Ada) Pedrada! Uhn... Interessante. (olha com cara de quem não entendeu nada rsrs)
RABICO: Eu quero ir de novo. (Cas+eira) Caseira! Ai... Bateu uma fome agora
VISCONDE: Eh mesmo! Já esta na hora de voltarmos para casa.
EMILIA: Ah não! Eu quero formar mais uma.
VISCONDE: Então ande logo.
EMILIA: (cant+Ada) Cantada. Isso me lembra aquela velha musica... Quero cantá-la.
VISCONDE: A gente canta no caminho. Vamos.
EMILIA: Muito Obrigada, senhora Etimologia.
Todos agradecem a Etimologia e aos fragmentos. Emília, Visconde, Rabicó, saem. Logo após Etimologia e os fragmentos também.
5º Ato - Final
NARIZINHO: Que legal... A Emilia aprendeu a formar novas palavras.
PEDRINHO: Conte outra história, Vovo!
DONA BENTA: Acho melhor fazermos um passeio pelo sitio. O que acham?
NARIZINHO: Ótima idéia.
Narizinho, Pedrinho, Tia Nastacia e Dona Benta saem.
Entra Emilia dançando.
Após a dança entram todos os personagens conversando entre si e cantam a musica tema do Sitio do Pica-pau Amarelo.
Considerações finais e agradecimentos
MONTEIRO LOBATO: Quando eu mandar na minha vida, vou me mudar pro Sitio do Pica-Pau Amarelo e viver também no bem bom. No mundo inteiro não tem lugar melhor... O Sitio eh gostoso como chinelo velho. Vocês não mudariam pra la? Não posso acreditar que crianças com 8 anos nunca leram meus livros ou se perderam em minhas paginas. Quem não fez isso perdeu o maior tempo da vida. Mais ainda da tempo. Corra pra conseguir um livro meu e ficar abraçado com a alegria. As escolas poderia fazer isso. Os meus livros didáticos são melhores do que os que fazaem hoje
Agradeço....
Este trabalho valeu a pena não só pela nota, mas também pelo reconhecimento.
Agradeço também a professora Karine Luiz e aos amigos Vinicius Amarante, Rebeca Alves, Anderson Costa, Thiago Pinto, Gabriel Pereira, Jamilly Moraes, Andressa e Bianca (MENINAS BROAS), Carol Aguiar, Manu, Lorena, Tainah Magalhães, Carol Macedo e Thaynná Amaral. Vocês são pessoas sem as quais eu nao poderia ter conseguido o sucesso deste trabalho.
24 de setembro de 2009
Codinome Beija-Flor
05/05/2009
Voz: Nathan Rodrigues
Violão: Gabriel pereira
Teclado: Anna Caroline
Por isso que não me deram olhos
Já passou do limite! Eu não aguento mais! Estou ficando rouca de tanto gritar. Preste atenção! Eu não sou escrava das suas vontades. Eu vou gritar mesmo sem voz. O que será de nós?!? Onde deixaram a democracia que não consigo a encontrar?
Em meio a tanta bagunça, encontrei um velho baú de madeira. Nele havia coisas já esquecidas, como por exemplo: as conquistas do povo. Portando muita poeira, peguei a pequena palavra que se apagara com o esquecimento do povo: o progresso. Revirei por mais uns instantes e pude rever o trabalho. Pus-me a chorar em uma nostalgia emotiva da minha própria história. Foi demais pra mim. Fechei o baú.
Desci do sótão e adentrei-me a sala de estar. A beleza incomparável se misturava a quadros e fotografias com cenas vivas. Tanto que pareciam se mexer. Sobre a estante, em nobre destaque, havia um porta-retrato com uma imagem da corrupção e logo na prateleira inferior, a impunidade.
Às vezes me esqueço porque me chamo luta. Confesso que penso em desistir depois de assistir tais cenas. Deve ser por isso que não me deram olhos. Para que não pudesse ver a injustiça e a corrupção e assim continuar lutando.
15 de setembro de 2009
A minha casa
Corra! Lá vem eles atirando suas armas mortais para todos os lados. Vamos! Vamos! A hora é essa!
Para que tantas exclamações? Coisa ignorante. Adentro-me ao meu quarto e vejo as histórias escritas na parede. Leio cada palavra como se fizesse parte de uma odisséia interna do meu coração. Me vejo escrevendo mais e mais. Cobrindo cada espaço da parede branca com as marcas pretas do hidrocor. A janela aberta mostrava a chuva caindo lá fora e eu com a luz do abajur acesa, assistia as gotas indo ao chão e escrevia sem olhar a parede. Derrepende deparei-me com a sobreposição dos riscos tornando a minha história difícil de ler. Mas que confusão! Bem... Ainda tenho a minha história. E continuo a escrevê-la. Apesar de terem se acabado os espeços em branco. As palavras fogem para fora, pelas paredes do corredor, da sala, da cozinha e por toda a casa.
7 de setembro de 2009
um tempo pra MIM
Saudades de escrever. Mesmo que não haja ninguém pra ler. Isso me torna mais leve. Principalmente quando as coisas ao meu redor estão desmoronando e ameaçam me levar junto. Quanta coisa ta acontecendo... Mudanças drásticas. Mas não me arrependo. Ao contrario, estou muito feliz. Estou vivendo um novo tempo. Um tempo pra mim.
25 de agosto de 2009
Adeus
5 de agosto de 2009
Dois Bicudos
Dois Bicudos
Quando eu te vi andava tão desprevenido
Que nem ouvi tocar o alarme de perigo
E você foi me conquistando devagar
Quando notei já não tinha como recuar
E foi assim que nos juntamos distraídos
Que no começo tudo é muito divertido
Mas sempre tinha um amigo pra falar
Que o nosso amor nunca foi feito pra durar
Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar
Ninguém pode negar que o nosso amor é tudo
Tudo que pode acontecer com dois bicudos
Não são tão poucas as arestas pra aparar
Mas é que o meu desejo não deseja se calar
Até os erros já parecem ter sentido
Não sei se eu traí primeiro ou fui traído
Não te pedi uma conduta exemplar
Mas é que a sua ausência é o que me dói no calcanhar
Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar
Será sempre será
O nosso amor não morrerá
Depois que eu perdi o meu medo
Não vou mais te deixar
A Volta
29 de junho de 2009
A Visita
Teus punhais acertam-me bem no átrio. O sangue corre pelas veias cada vez mais devagar. A voz grita em silêncio e o ar se torna cada vez mais pesado. É o fim.
—Não! É o início de um começo! – Interrompeu-me.
— Começo de quê? Estais a me atormentar a alma e me dizes que não é o fim? Quem estais apensar que és?
— Acalme os ânimos!
— O quê?
— Esqueça! Quando chegar a hora vais me entender.
Deu-me as costas me deixando na agonia do momento. Ela tinha razão. Não era o fim. Foi o começo de um novo ciclo de suas visitas.
— Quando chegará fim?
— Quando tudo acabar.
— Mas quando se sucederá isto?
— O tempo dirá.
Então saí de casa. Propus-me a fazer uma visita ao tempo. O energúmeno estava de férias. Desolado, voltei para casa e passei o resto do domingo assistindo tv. Que vida medíocre! Espero que a sua esteja melhor.
27 de junho de 2009
22 de junho de 2009
EU MESMO EM TODOS ELES
Parece ser o mesmo instante, mas não e bem assim. Se olhar lá no fundo vai ver quem é bom e quem é ruim. Fui parar a olhar a mim mesmo e obtive uma inadjetivável surpresa: sou eu a minha própria preza.
Mas que infame meu ridículo senso de bobagem. Inventei uma cena como num teatro. Fiz muito bem meu papel. A platéia aplaudiu boquiaberta, admirada com tamanha interpretação.
Bobo sou pela minha ignorância. Não percebi que me feria sonhando com o surreal. Não era para ser triste, nem melancólico. O drama nem era tão bom assim. O incrível é que me faço a mesma velha pergunta sempre, mas ainda não consigo responder: “Quem sou eu?”.
Fingido, arrogante, trapaceiro? Emotivo, chorão, encrenqueiro? Use o adjetivo que melhor lhe parecer. Essa é a pergunta que eu nunca vou saber responder. Só sei que sou eu mesmo em todos eles. Assumo as minhas multifaces. Bato no peito. Grito que não sou o herói da história. Quando escrever uma voltarei. Ai sim, serei rei.
16 de junho de 2009
Eu ando tão só
9 de junho de 2009
Um Abraço...
Às vezes preciso de algo mais que um "bom dia" qualquer. Preciso de um pouco mais que educação. Preciso de um abraço. Algumas tribos africanas acreditam que o abraço é a transferencia de forças de uma pessoa para outra. Para mim, o abraço é o encontro de dois corações que se juntam para somar as forças vitais.
Não sei quanto custa um abraço, mas o que sei é que mesmo que o dinheiro possa o comprar, não consegue somar as forças do coração. Os braços se encaixam e unem o corpo e a alma em uma só criatura.
E só quero um abraço. Não sou emo. Não sou gay. E só quero um abraço.
30 de maio de 2009
Minha Casa
28 de maio de 2009
Pode ser
Pode ser que o vento bata mais forte desta vez...
Pode ser que eu não saiba o que as nuvens queiram dizer...
Pode ser que a chuva chegue sem avisar...
Pode ser que um dia você vá voltar...
Pode ser que o sol nem se esconda...
Pode ser que o tempo não voe...
Que vá devagar... lentamente
Pode ser que eu ainda não saiba o que as nuvens queiram dizer...
Mas quem poderá entender?
Elas não falam!
Desenham coisas estranhas
Talvez nós dois
Pode ser que sejamos apenas nós dois...
Ou apenas um de nós
19 de maio de 2009
Visinhos
Eu tive um sonho. Duas janelas estavam abertas. A minha e a sua. Mas duas janelas nos separavam. Nossas vozes se ecoavam beijando-se em ondas. O nosso amor vibrava pelo ar. Nossas palavras nem precisavam ser ditas. Nossos olhares nem precisavam ser vistos.
A rosa azul que nasceu, desabrochou no meio da tempestade, sobreviveu: somos nós. Um amor inacreditável. O nosso amor... Pena que eu acordei. Vem me buscar e me leva para junto dos teus braços.
17 de maio de 2009
Lamento
Eu que beijava tua boca loucamente
Não sei mais quais são os teus lábios
Não sinto mais o gosto da tua língua
Os nossos corpos não são mais um
Eu já não lhe amo
Me olho no espelho
E não vejo a minha imagem
Vejo seus olhos desconhecidos
Lembrando o que já foi esquecido
Não sei o que houve
Só sei que perdi meu amor na multidão
E aonde esta a multidão?
Dissipou-se entre as casas
Beijava o veludo da tua língua
Hoje já não sinto mais o gosto de nada
5 de maio de 2009
A CAMERA
23 de abril de 2009
A descoberta
Eu precisaria passar muito tempo escrevendo sobre essa frase. Uma pequena frase, mas que nos leva a grandes pensamentos. Tanta coisa poderia ser mudada se as pessoas pensassem de um jeito diferente... No comments. I cry. Apenas choro.
16 de abril de 2009
As Armas
Quem sacará as armas? Acaso estamos todos de mãos dadas e nada podemos fazer. Alguém terá de soltar as mãos para que outro alguém vá à luta. Sem luta não há vitória. E se existe vitória, não estamos de mãos dadas a nós e sim às armas. As armas que matam e ferem os inimigos, são aquelas que nos protegem e nos traz segurança. São as armas que atiram a bala, não nós. São as armas que matam, mutilam, destroem. Não nós. Somos apenas um dedo ao gatilho. Só isso...
8 de abril de 2009
Feliz Páscoa
Antes de começar a pedir qualquer coisa eu gostaria de agradecer. Agradecer pelo amor que tem tido comigo, pelo cuidado, pelas palavras que fazem forte em cada luta, pela luta que venci e pala que perdi. Ainda que eu não saiba te entender, eu não vou deixar de te agradecer. Muito obrigado. Gostaria de pedir que esteja iluminando os meus passos. Que me mostre o caminho certo a seguir e que me dê paciência para suportar as pessoas e situações que me desagradam. Ensina-me a amar a cada uma dessas pessoas como o Senhor nos amou. Ensina-me a pedir e dar o perdão, a abraçar o meu irmão. Ensina-me a te adorar como deve ser. Ensina-me a reconhecer à distância a tua voz. Ensina-me a te tocar o coração e a cantar a canção que nele há. Faz-me viver o que foi escrito por ti e estar caminhando o caminho que é teu. Eu quero estar sempre nas tuas mãos, e viver como sou: pendente da tua graça e o teu amor. Te amo, Senhor. Seja o Deus soberano da minha vida.
Feliz Páscoa a todos
2 de abril de 2009
Eu ainda ando sozinho
Eu ainda ando sozinho. Tantas pessoas me cercam, me amam. Mas ainda ando sozinho. Chego em casa entro em meu quarto, ouço vozes que vêm da sala. São de alguém que conheço. Falam de mim, do meu fracasso. Do erro que minhas mãos cometeram sem poder justificar. Quem são que não os conheço? Ainda tento descobrir, sem obter sucesso. E agora, os mesmos estranhos adentram meus aposentos. Entram não a passos lentos. Pisam fundo, fazem todo tipo de barulho possível. E saem como se nada houvesse ocorrido.
31 de março de 2009
A PAZ QUE EU NÃO QUERO
Composição: Marcelo Yuka
A minha alma
Está armada e apontada
Para a cara do sossego
Pois paz sem voz
Não é paz, é medo
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero conservar
Pra tentar ser feliz
As grades do condomínio
São pra trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace, me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe
Sentar na poltrona
Num dia de domingo
Procurando novas drogas de aluguel
Nesse vídeo coagido
É pela paz que eu não quero seguir admitindo
Vestido estampado
Acabou
Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dei a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti
Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos se você não me escuta eu não vou te chamar
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar
O amor só mudou de cor, agora já ta desbotado
Corra lá vem à tristeza atirando pra todos os lados
Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado
Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dê a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti
Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos se você não me escuta eu não vou te chamar
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar
O amor só mudou de cor, agora já ta desbotado
Corra lá vem à tristeza atirando pra todos os lados
Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado
(Ana Carolina, SonyBMG)
O Traidor
Não sei se voltaria
Se pudesses me perdoar
Certamente não o faria
As pedras são leves
E após tanto tempo
Ainda sinto o peso dos fardos
Nunca se esqueça
Que o mesmo mestre nos escolheu
Não que o mereça
Nem voê, nem eu
Traidores da mesma história
Que danem-se os espinhos vis
Regeitei amores gris
Sintilei meu próprio brilho
Numa estrela que jamais acendeu
Eu assumo: o traidor fui eu.
29 de março de 2009
O Único Olhar
As ruas estão tão vazias de carros, os meus passos vãos tão lentos na rapidez que descompassa ao ritmo das sublimes e tempestuosas batidas do meu coração. É verdade. Ainda tenho coração. E que digam que escrevo coisas sem nexo, pois os ignorantes não saber o que é sentimento, se o soubesse estariam escrevendo isto. Agora pois sois, não quem dizeis ser mas quem és em tua essência. A verdade da face mascarada com o medo e a incerteza. Tu és a única face. O único olhar.
15 de março de 2009
Deixe-me Entrar
Olhe nos meus olhos se puder fazê-lo
Cante a minha música se souber o meu compasso
Leia os meus pensamentos se me conheceres a alma
Grite o meu nome se acaso ainda tiver voz
Eu que sussurrava as palavras para que ninguém as ouvisse
Grito tão alto que nem eu mesmo me escuto
E as palavras que sonhei tanto em dizer
Perderam-se na dimensão entre o sonho e a realidade
Ame-me como nunca se ainda puder fazê-lo
Deixe-me entrar na tua íris e achar o que era meu
O amor que era meu. Seu. Mas não nosso.
5 de março de 2009
A boca
A boca com seus lábios carnudos, pontudos, pontiagudos que perfuraram meus lábios numa explosão de sentidos multiplos, num extase inxeplicável. A boca que beijou a minha boca foi até aonde minguém nunca foi. A boca sua foi te deixando toda nua, pra cair na sua. Sua lábia de língua. Palavras que se foram com o vento daquele momento, mas que continuam guardadas na minha mente. Lembranças mudas das verdades cruas, minhas e suas. Do nosso amor. Do nosso abraço. Do nosso passo.
Ainda beijo aquela boca, mas não somente isto. Hoje somos mais que duas bocas somos apenas um sexo e duas bocas se beijando. Somos o erótico e o santo. Tudo junto. E junto mais.
28 de fevereiro de 2009
Cartas na Mesa
Estou com todas as cartas na mesa
Todas escritas de próprio punho
E quantos murros já dei escrevendo-as
Quantas frases escrevi pensando ser o curinga
Mas na verdade estava disfarçado de "As"
Nas copas da rainha
Elas ainda estão na mesa
Sobrepostas umas às outras
Desenhando um leque de mensagens
Bobagens que escrevi em momentos de solidão
E mesmo depois de tanto tempo
Desde que o jogo acabou
Elas ainda estão sobre a mesa
Devem estar esperando a sobremesa
Com espadas, feridas nas copas
Elas ainda estão sobre a mesa...
15 de fevereiro de 2009
Indiferença
5 de fevereiro de 2009
Quem?
Ainda guardo aquele retrato
Onde o nosso abraço era a paisagem
Ainda lembro dos passeios pela rua
Ainda lembro dos dias de chuva
Que as águas caiam e nos deixava úmidos
O sol chegou e agora?
Quem irá me aquecer?
Quem irá dizer palavras lindas
Quando a feiúra do universo me enredar?
Quem pagará o preço desse amor?
Quem?
Quem viverá a intensidade do infinito
E será com o meu corpo uma só criação
E quem andará de mãos dadas, atadas a mim?
Quem será o galante ao galope dos passos
O viajante de mim?
Quem?
29 de janeiro de 2009
Armazém
Armazém
Ana Carolina
Se precisa de alguma coisa
Vai lá no meu armazém
Tem de tudo quase tudo tem
No meu armazém
Tem de tudo quase tudo
Tem rodo, tem barbante
Tem farinha, pedra-pomes
Prendedô, passadô
Escorredô, esmalte vermelho
E tem até couro pra pandeiro
Mas tudo é embrulhado
Num papel fuleiro
Se precisa de alguma coisa
Vai lá no meu armazém
Tem de tudo quase tudo tem
Mas se você não vem
A saudade é longa dobro minha manga
A saudade é tanta te vendo uma fanta
A saudade é dura vendo também miniatura
A saudade não passa
Só não vendo de graça
A saudade me cala não tem trocado leva bala
A saudade é um bocado paro de vender fiado
A saudade é um bocado paro de vender fiado
Se precisar de alguma coisa
Vai lá no meu armazém
Tem de tudo quase tudo tem
Por entre o realejo lá no fim do dia
20 de janeiro de 2009
Azul Infinito
EU ESTAVA A LER UM LIVRO
MAS O PENSAMENTO ESTAVA PERDIDO
CHEIO, PORÉM VAZÍO.
ESTAVA SÓ NA MULTIDÃO
NÃO HAVIA ANFITRIÃO
PARA RECEBER OS CONVIDADOS
OS QUAIS NEM FORAM CHAMADOS
E A CADA ONDA UMA CHANCE
EU PAR ECIA LOUCO ESCREVENDO ISTO FRENTE AO MAR
ME SENTIA ESTRANHO NAQUELE LUGAR
QUE NÃO ERA NEM MEU, NEM SEU.
MAS DE TODOS NÓS
E QUEM SOMOS NÓS?
DONOS DE QUE?
FILHOS DE QUEM?
DE QUE ADIANTA ESTE MAR
SEM VOCÊ PRA ME ACOMPANHAR
AS ONDAR RESPIRÃO AO FORMATO DA CANÇÃO
E AS TAIS ONDAS LEVARAM O MEU CORAÇÃO
E QUANTO TEMPO VAI LEVAR
ATÉ OUTRA ONDA CHEGAR
OU SERÁ QUE ESSA AINDA VAI VOLTAR?
9 de janeiro de 2009
A Palavra silêncio
Palavras, não são apenas palavras. São muito mais do que isso. Cada uma foi formada por uma junção de letras e/ou sinais. Não são tão simples assim como se imagina. Loucos criadores de verbetes de dicionários. Qual deles conhece minuciosamente cada uma daquelas palavras. Mesmo se passasem a vida inteira estudando uma única, não conseguiriam descrevê-la com total destreza.
Não dá pra ignorar os fatos de que existem coisas que as palavras não explicam. Exemplo: a imagem acima. Nessas horas o silêncio é usado. Sim, uma palavra sem som. Eu costumo usá-la muito. Quando deito em minha cama e fico em silêncio posso sentir o sangue passar pelas minhas veias. O silêncio é importante para ouvirmos as coisas ao nosso redor. É que as vezes falamos tão alto que não conseguimos ouvir uma resposta, a qual pode ser dada atravez do silêncio de um olhar.
6 de janeiro de 2009
Coisas tão banais
São tantas que árecem irreais
Sonhos bobos de uma criança
Que mesmo em inocência
Nunca perde a esperança
Grita forte bem alto
Para não deixar os incrédulos
Falarem mais alto
Focaliza, vê e segue
Conquista e e vence!
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Se você é daqueles que reparam, deve ter reparado que no agazalho do jovem rapaz traz uma inscrição esperançosa. "Terra dos Sonhos". Sonhar é muito fácil. Poder ser realizado de forma gratuita e saudável. Porém, nem sempre pode ser compartilhada. Não conto meus sonhos à ninguém. Com certeza haverá um infeliz sem sonhos que virá destruir os seus com um simples "não vai dar certo". Compartilhe os seus sonhos com quem sonha e realize-o, movimente-se. O sonho é seu, viva-o.
SINAIS DE FOGO
Sinais de Fogo
Composição: Ana Carolina e Totonho Villeroy
Quando você me vê
Eu vejo acender outra vez aquela chama
Então pra que se esconder?
Você deve saber o quanto me ama
Que distância vai guardar nossa saudade?
Que lugar vou te encontrar de novo?
Fazer sinais de fogo
Pra você me vê
Quando eu te vi e te conheci
Não quis acreditar na solidão
E nem demais em nós dois
Pra não encanar
Eu me arrumo, eu me enfeito
Eu me ajeito, eu interrogo meu espelho
Espelho em que eu me olho
Pra você me ver
Por que você não olha cara a cara?
Fica nesse passa ou não passa
O que falta é coragem
Foi atrás de mim na Guanabara
Eu te procurando pela Lapa
Nós perdemos a viagem