4 de janeiro de 2011

Eu matei Maísa



Não consigo descrever o quanto desejei a sua morte. Seu choro, sua voz irritante. Um egocentrismo tão grande vindo de um corpo tão small. Tenho que admitir que sua morte foi como um orgasmo. Não que houvesse uma carga sexual, contudo, o prazer que senti foi indescritível.

Você dormia serena e tranquila. Nem parecia o monstro que mostra como abres a boca. É incrível o quanto a química desenvolveu-se. Daí tamanha facilidade em matá-la. Segurei-a em meus braços e vi-me como o assassino que sou. Mas não era hora de pensar em parar. Um serial killer nunca deixa sua obra inacabada. Despejei um balde de nitrogênio líquido em seu corpo franzino. Você acordou por alguns segundos e depois partiu.

Por alguns segundos contemplei a obra de minhas mãos. Uma verdadeira boneca de porcelana. Pena que quando fui devolvê-la ao leito se desmantelou em pedaços. Mas fico feliz pelo mundo que passará o resto dos dias sem  o nojo das suas palavras.

Há outra morte me esperando agora. Tenho realmente que ir. Mas prometo que contarei o ocorrido assim que voltar.

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