11 de janeiro de 2011

A incerteza da certeza da razão


Atemporal e anacrônico no mais enraizado sentido da palavra. Tudo que se sabe é que há muito a saber. O conhecimento é irresistível. Ele nos deixa vestígio de como o encontrar e nos rastejamos até seu encontro. O foco se perde enquanto escrevo. Sinto que estou fora desta realidade tão incomum para mim. Por horas sinto que estou à frente do meu tempo. Por outras me familiarizo com um passado jamais vivido por mim. Se a vida é a arte do encontro, eu sou a vida em sua exata essência.

Sinto que faço parte da chuva quando a toco. Sinto que sou um vento que não se sabe de onde vem, nem para onde vai, mesmo com tantos aparelhos, só o vento sabe onde ele realmente vai parar. Ou talvez não. Talvez eu seja apenas dois olhos negros na escuridão se olhando no espelho com medo de que o dia amanheça e revele o reflexo.

O velho e o novo, o gordo e o magro, o céu e o mar. Sou todas elas juntas num só ser. O grito e o silêncio resumidos e descritos. E não importa o que pensem ou digam. Serei sempre a incerteza da certeza da razão.

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