Pessoal, meu trabalho está rendendo discípulos. Maíra, uma amiga que eu matei, resolveu me matar. Estou compartilhando aqui o texto e logo ao lado tem uma imagem com o link para o seu Blog (Os contos de Maira Runna).
Divirtam-se!!!!
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Divirtam-se!!!!
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Quanto mais escura a fruta, melhor o sabor
Eu alisava os seus cabelos cacheados, e ele dormia como um anjo. Foi uma ideia brilhante colocar sonífero na água, na comida e tudo mais. Não foi tão simples executar o plano, lógico. Primeiro eu tive que colocar uma peruca e uma maquiagem, além de dar um jeito de arrumar todas as coisas em uma bolsa e em roupas que não incomodassem e não fossem chamativas, depois tive que esperar, ir até a casa dele disfarçadamente entrar subindo o muro, abrir as portas , uma para entrar e outra de rota de fuga, colocar uma dose de sonífero em coisas que ele teriam que usar, como eu sou exagerada coloquei na água, no suco, no refrigerante e no feijão.
Saí da casa tentando deixar as coisas do jeito que eu as encontrei. Quando estava no quintal um problema, barulho de pessoas, quase correndo e evitando fazer barulho subi até a laje e lá fiquei deitada perto da caixa d'água puxei um livro e esperei até a casa se apagar, e isto foi uma merda. Mas nada que me impeça né, Nathan querido? Eu brinquei com seus cabelos, ele dormia que nem um boi, saí do quarto para ver a família dele. Todos trancados, dopados, amarrados e com a boca selada. Sorri, tranquei a porta e saí cantando, eu não ia fazer mal a família eu já ia matar o filho deles, eu podia causar dor maior? Parei um pouco para pensar. Não, cheguei a conclusão e fui andando até a área correspondente a lavanderia e peguei um balde, voltei ao quarto e amarrei as mãos e os pés do meu serial killer favorito, coloquei o balde em sua cabeça e deixei. Fui caçar algo para comer. Lamentei profundamente ter colocado sonífero em tudo que fosse líquido, esvaziei as garrafas as enchi com água nova, lavei tudo mudei as provas e limpei evidências. Vida de dona de casa isso aí, limpa tudo.
Fui até o quarto do assassino sentei-me de frente para a cama dele e fiquei observando, esse maldito não acorda não, porra? Fui até a cama e lhe dei um soco no estomago, ele sugou o ar , dei um combo (soco+soco+mão de marreta), ele guinchou e acordou atordoado e ficou louco com aquele balde na cabeça, ficou sugando ar e tentando tirar aquele balde da cabeça e não conseguindo, eu ria alto vendo a cena.
- Quem está aí?
-Adivinha..- Cantarolei
- Dani, sua... Se eu te pego! Mãe!
- Oh, não, não! Não é sua irmãzinha não.
Eu quase podia ver seu cérebro trabalhando através do balde, prendi uma risada. Eu sabia que ele queria alcançar a arma debaixo da cama, ou a faca perto de sua perna, eu desarmei tudo, eu sabia tudo sobre ele e sua vida dupla de assassino, e sabia que ele estava na casa da mãe por estar de férias, sabia seus sonhos, seu mortos, eu era praticamente sua aprendiza, então porque estava ali para mata-lo?
- Dá um chute... Quem sou eu?
Ele ficou quieto, isto me irritou dei um tabefe no balde.
- Responde porra!
- Maíra, mas que diabo, porra, você aqui me...?
- O babaca começou a rir. - Você tá de brincadeira né? Pow, quase me matou de susto! -
Seu rosto estava próximo balde.
- Você sabe muito bem que eu não estou de brincadeira.
Ele ergueu a cabeça com força me dando uma baldada.
- Filho da puta - chiei.
- É para você colocar sua cabeça no lugar. Me solta e eu esqueço isso.
- Se não...?
- Se não eu me solto e acabo com a sua raça.
- Vai acabar com todos os negros do mundo é, bebê?
- Você está louca!
ele tentou se soltar, esperneando na cama, caçando pontos fracos na amarra, ele sempre soube que eu era um lixo dando nós. Tirei o balde de sua cabeça e olhei fixamente em seus olhos.
-E agora quem é a donzela em perigo? Você vai morrer! Você vai morrer! Eu matei o serial killer Nathan Rodrigues! - Falei desfilando pelo quarto.
Só para tirar onda, dei um soco bem no querido pênis dele e ele urrou.
- Pss, psss sem gritos.
- Maíra você não é assim, não era assim o que houve com você?
- Não tente me entender.- Mas porque estava lá matando-o? pensei.
-Nathan pela nossa amizade eu vou te matar sem necessidade de sangue e essas coisas. Eu gosto de você, cara, sério mesmo. Mexi no meu casaco.
-Então vou fazer um drink para você, mas antes.
Fui à cozinha e voltei. Pinguei pimenta nos olhos dele.
- Pimenta nos olhos dos outros é refresco!
Ele começou a gritar, me aproximei para botar as meias na boca dele e ele quase me mordeu. Dei um soco na boca dele com todas as forças e ela ficou frouxa e começou a sangrar, enfiei as meias e pinguei mais pimentas em seus olhos.
Sentei na frente dele e fiz meu coquetel com soníferos, chumbinho, desintupidor de ralo, pimenta e Neosaldina, para eventuais dores de cabeça, enquanto ele se agonizava em gemidos na cama.
Fui até a ele, seus olhos estavam vermelhos sangue, lágrimas escorriam pelo rosto e havia desespero neles.
- Na não chora se não eu vou chorar e isso não é nada divertido.
Dei um tapa nele e senti pena de seu maxilar, parecia quebrado, segurei seu nariz com uma mão, tirei as meias com a outra e depois coloquei o líquido em sua boca, ele lutou para não beber e o liquido esparramou um pouco por sua boca, derretendo e por pouco não pegando em minha mão. Olhei aquilo dissolver e imaginei que aquela merda deveria estar doendo. Ele tentou gritar, mas o desentupidor deve ter derretido a garganta, que ironia não? O desentupidor entupiu Nathan.
Fui por segundos ao banheiro, tirar a família dele de lá e ajeita-los na cama, arrastando e como pesavam. Pequei um batom, o da mãe dele e escrevi no espelho com uma letra diferente da minha "me desculpa". Passei pelo quarto dele de novo e ele estava nos últimos arquejos. Seus olhos? Fixos em mim. Mandei um beijo para ele e o brilho de seus olhos se apagou.
Saí da casa pelo portão da frente, estava de madrugada ainda, umas 4 ou 5 da manhã. Andei para um lugar distante e tirei a peruca e algumas provas e ateei fogo. Andei por uma rua escura e perto do poste com um revolver apontando para mim estava ele, Nathan Rodrigues.
- Você foi longe demais garota- ele gritou apertando o gatilho.
Acordei gritando e quando finalmente abri os olhos fui ao banheiro jogar minha bile no vaso sanitário. Foi só um sonho, só um sonho repeti comigo mesmo, peguei o celular e liguei para o número conhecido.
- Na, sou eu.
- Huum....
-Você me mataria?
-Não... Por quê? - sua voz era um gemido sonolento. Desliguei o celular, fui cambaleando até a cama e me enrosquei nela.
-Pois eu sim Nathan, eu sim.
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