13 de fevereiro de 2011

Borderline no Ídolos 2011


Depois de um tempo em paz estou soltando os cachorros outra vez. Os sintomas do TPB estão bem fortes nestes dias. Geralmente as pessoas que mais me tiram do sério são exatamente as da minha família. A começar pelo meu pai que tem o dom de me tirar do sério só com a sua presença. Imagine alguém que fale de você para alguém, na sua presença, como se você não estivesse ali. Acrescente a esta pessoa inconveniência. Como se já não bastasse, a criatura faz perguntas repetidas de assuntos que já foram esclarecidos. Sem contar o ritual de observação em quanto você come, ou faz alguma coisa. Uma pessoa que não consegue calar a boca.
 
Mas deixando de lado o meu pai, hoje me tiraram do sério minhas mãe e irmã. Estávamos voltando da igreja quando elas começaram a andar mais rápido que eu que tenho um problema na perna. Há três anos sofri um acidente e tenho agora uma placa de quinze centímetros e oito para fusos de platina. Que normalmente não doem tanto, mas ontem passei por um grande esforço. Passei cerca de sete horas em pé na fila do programa Ídolos. Perdi a voz na gravação das vinhetas do tal programa e para piorar bebi água gelada, que era o único líquido disponível (e que a própria produção deu) a nós em debaixo de um sol de 45°. O resultado foi um “não foi dessa vez” de um dos jurados, queimaduras de 2º grau no rosto, um carimbo do logotipo do programa na mão direita que me deu uma alergia desgraçada e câimbras horríveis na perna durante a noite. Isso sem contar que descobri que o programa é uma grande farsa montada para chamar a atenção de telespectadores idiotas.

Enquanto minhas mãe e irmã andavam na frente, eu tentava acompanha-las, sem sucesso. Olharam para trás, deram uma gargalhada. Foi aí que não aguentei e disse: “Vão me largar sozinho? Minha perna está doendo!” Elas continuaram com um risinho debochado e minha mãe soltou: “Você não quis ir pro Ídolos sozinho?”. Invoquei as profundezas nessa hora. Fui pro Ídolos sozinho por que a porra da minha família não me apoiou e todos os  meus amigos tinham compromisso no dia. Eu atravessei um baile funk de bandidos distribuindo drogas aqui em casa. Passei horas em uma fila interminável. Recebi um não. Estou sentindo um monte de dores. Quando estava voltando pra casa peguei um ônibus que me deixou em um lugar distante. Fiquei com fome, com sede. E o pior de tudo foi ouvir isso. Vão todos à Puta que os pariu!!!

Desculpemos meus palavrões, mas é o que estou sentindo agora. Minha mãe percebeu que não devia ter dito o que disse, mas do mesmo jeito que merdas cagadas não voltam ao cu, palavras ditas e levadas pelo vento não voltam nunca para dentro da boca. Obrigado por me ouvirem (lerem). Estava mesmo precisando desabafar. Até a próxima.

2 comentários:

  1. Affffffffffffff
    Ninguém merece, Nathan!!!

    Quanta inconveniencia por parte 'dessas pessoas'.

    Já passei por coisas muito parecidas.
    E mesmo que OS ANOS PASSEM, um quê de revolta permanece e NÃO PASSA nunca!!! =/

    bjos e sinto muito!!!

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  2. estou bem apesar de tudo... escrever me ajuda bastante a conviver com isso... e realmente não passa mesmo!!!

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