16 de fevereiro de 2011

Eu matei José Sarney


Ele não queria deixar o poder. Então eu tive que ajuda-lo a superar isso. Brasília era uma cidade que eu não gostava. Muito calor. Não havia mar. E muita gente corrupta. Não que soubesse algo sobre você, mas decidi que já era hora de você deixar este mundo.

Fui visitar naqueles dias uma amiga que morava na cidade há alguns anos. Passei apenas dois dias. Até que te encontrei no aeroporto. Você estava no mesmo voo que eu. Uma grande pena eu ter ficado na poltrona ao seu lado. E não pense que isso me deu facilidades para mata-lo, pois não poderia passar com armas no aeroporto. Tive que usar a técnica.

Você teve a infelicidade de viajar sozinho. Você na janela e eu ao seu lado. Apenas pressionei a Jugular. 10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2...1! Acabou. Recostei sua cabeça à janela como se tivesse adormecido, o que não era mentira. Você não merecia mais este mundo. Eu apenas lhe fiz um favor. Não em leve a mal, mas é algo extremamente pessoal. Sua política é fraca demais. Era...

Enfim pousamos. Todos os passageiros saíram um por um. Mas você permaneceu ali. Uma aeromoça tentou acordá-lo, sem sucesso. Começou a ficar nervosa e a gritar pedindo socorro. Chamaram um médico, que lhes revelou o pior. Mas todos pensaram que havia sido apenas uma parada cardíaca. Eu estou tentando parar, mas a morte guia minha mão, como um pintor ao pincel. Faz 15 minutos que eu não mato ninguém. Só por hoje.

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