28 de janeiro de 2011

Eu matei o cara da UERJ


Eu estava tentando parar. Eu já disse isso. Mas ele era muito arrogante. Merecia morrer. Ele tratava as pessoas da fila como se fossem animais horrendos, insetos. Ele mereceu tudo o que eu fiz. Eu queria parar, mas ele era demais.

Eu esperei a UERJ esvaziar. Ele foi o último a sair. Pena que eu estava em seu caminho. Odeio matar pessoas de jeito fácil. Mas não havia recursos para isso. Aguardei-o em meu carro. Está bem em minha frente. O motor está ligado, esperando o momento certo. A rua está deserta. A luz vermelha se acende e ele põe o pé no asfalto. É o último passo da sua vida medíocre. Talvez se ele o soubesse não ficaria tão estressado com coisas banais.

Pisei fundo. Seu corpo voou por cima do meu carro. Vi pelo retrovisor sua cabeça batendo no asfalto como coco que cai do pé. Uma poça de sangue se formou pelo asfalto. Ele deixou este mundo tão rápido.  Eu nem sequer soube o seu nome. Ele se recusou a assinar a minha matrícula. Bem, ele nunca mais assinará nada.

Estou tentando parar. Tenho que repetir esta frase idiota todos os dias. Faz duas horas que eu não mato ninguém. Só por hoje.

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