Às vezes parece inacreditável o quanto o senso comum pode variar de uma cidade para outra. É impossível não notar isso aqui na faculdade. Parece um sonho que se realiza enquanto estou em seu interior e acordo quando deixo seus limites.
Uma freira passa logo ali na frente. Ela faz letras (como todos do meu andar). Segue seu caminho conversando com outras moças (mais novas e provavelmente promíscuas demais para serem virgens). Na direção contrária segue um jovem de 76 anos, aluno do curso de espanhol. Eles estão esperando o elevador que ao chegar despeja um rapaz na cadeira de rodas cheio de tatuagens e influências de rock. Junto a ele está um casal de lésbicas e um judeu. Todos conversam amigavelmente. Aqui o preconceito não existe.
Acho que as pessoas aqui descobriram que há outras coisas para se preocupar do que as particularidades de cada um. No começo a primeira imagem impressiona, pois é quase um filme de ficção científica ou futurista. Regina Casé falou sobre isso no Esquenta! (Apesar de tê-la matado, admiro-a e muito). Muitas vezes quando me deparei com situações assim, de ver limitações ou divergências sociomentais não soube que reação ter. Mas o importante é não ignorar o problema fingindo que nunca existiu e sim não fazer dele um obstáculo. Cada ser tem seu limite próprio e a parte ignorante da sociedade é que ainda não tomou conhecimento disso.
Parabéns aos ALUNOS Instituto de Letras da UERJ por ser um mundo em que podemos realizar o nosso sonho de extinguir os preconceitos, deformadores da nossa sociedade.
MUITO LEGAL ISSO NATHAN
ResponderExcluirSE O MUNDO TODO FOSSE COMO A SUA FACULDADE NOS ESTARIAMOS BEM MELJOR HJ ;D
Parabéns!
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