Planeta Diário Particular

Há algumas semanas recebi um comentário no blog que me deixou reflexivo. Em uma postagem sobre casamentos, o PC (do Blog DE TUDO UM POUCO MINHA OPINIÃO) disse que no que se tratava de relacionamento humano, tudo é imprevisível. Concordei plenamente ao mesmo que nunca havia parado para seguir essa linha de raciocínio tão me é cara.

Cada ser humano funciona como um computador que pode se ligar a todos os outros em uma rede e mesmo assim não deixa de ter suas atividades independentes. Mesmo com o coletivo sobressaindo-se ao unitário, as emoções são unicamente sentidas por cada indivíduo. Isso significa que mesmo com todas as pesquisas e teoria que nada mais são do que TENTATIVAS de se explicar a realidade e o comportamento humano na prática isso é bem divergente.

Ontem na faculdade, estudei um texto de Affonso Romano de Sant’Anna no qual ele expõe o seu pensamento sobre a narração. Tudo é narração. Tudo é passível de leitura. Muitos menosprezam analfabetos por não saberem decifrar os códigos que nós deciframos, mas se esquecem de que para que você esteja lendo isto agora muitas pessoas decifraram códigos que nem eu, nem você entenderíamos. Precisamos de rádios para decifrar o que está escrito nos cd’s. Precisamos de ajuda para instalar um ar condicionado ou para construir uma casa por não sabermos decifrar aquele código.

Acho que não só borderline, mas também pessoas “normais” possuem variação de temperamento e não se pode preconceituar. Não dá pra julgar as escolhas de Bruna Surfistinha se no lugar dela eu faria igual ou pior. Não dá pra se ler a lente humana, apesar de emitirem ondas. Não somos super-heróis. Se fossemos, eu estaria escrevendo do Planeta Diário e não no Blog do Nathan.