31 de agosto de 2011

Novo mundo dos professores


Tive uma compulsão por escrever o que estava pensando. Discutimos sobre professores e professores. Há aqueles que lecionam por que gostam, outros por não ter opção. De uma coisa é certa: não há professores desempregados. Por mais que a profissão não seja reconhecida com o seus devido financeiro acredito que as coisas estão mudando.

Há alguns anos, samba era coisa de malandro, que usava chapéu panamá e terno branco. Crianças desobedientes eram levadas à palmatória, pois “criança só aprende assim”. Mulheres serviam para cuidar da casa e homens pensavam que cuecas boxer eram “coisas de viado”. Hoje em dia, o malandro é outro. Usa boné de aba reta, oxigena o cabelo e anda em todo lugar ouvindo músicas pornográficas em ritmo de funk.

O velho malandro não morreu, compõe versos eruditos, grava discos quando quer e atende pelo nome de Chico Buarque de Olanda. Crianças sabem mais os seus direitos que os eleitores, e fazem uso disso. Meninas de 16 anos vão morar sozinhas na cidade grande, transam com dois homens diferentes por semana e ainda batem o pé: “não quero ter filhos, não vou casar”.

Existem professores que ganham R$7.000,00. Ganham porque possuem mestrado, doutoradado e tudo o que mais for. Há pessoas que param no tempo e vão ficar ganhando R$770,00 por toda a vida. Quem dá aula, faz porque gosta. Eu não consigo me ver longe de uma sala de aula. Cada aluno sabe o quão bom professores tem e o quão ruins outros podem ser. Esta foi a discussão da aula de Linguística Aplicada na faculdade.

Tive uma professora chamada Solange, de Redação, com a qual tive uma leve discussão. Nunca fui de debater com professores, entretanto, ela explicou erradamente uma regra de crase. Eu mostrei o livro e ela continuou assumindo o errado por certo. Consultei outros professores e até a passiva coordenação pedagógica da escola que me disse: “faça errado na prova dela, mas no vestibular use seu conhecimento”.

Em contra partida, tive uma amiga-professora (com quem ainda tenho contato e espero ter sempre) chamada Karine Luiz, de literatura. Esta além de me ensinar a pensar e entender, mostrou a mim e aos meus colegas o quanto é bom quebrar os tabus que dizem: “não se pode dar aulas sem ser arbitrário, despótico”. Tenho certeza que não é ético comparar profissionais, todavia, também é anti-ético ensinar errado aos alunos e fazer com que estes tenham traumas ou aversão à alguma matéria. As coisas mudam e enquanto os péssimos caem, os ótimos sobem na roda da educação (e tomara que os salários também).

Um comentário:

  1. Pois é meu querido, no caso da professora, ela não segue nenhuma regra, nem a regra que diz que ninguém é perfeito. Um grande abraço.

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