30 de agosto de 2011

Voltando pra casa

Vista do ponto onde peguei o ônibus
Se há algo que seja mais característico de um pobre do que um ônibus, eu desconheço. Todo mundo, uma vez na vida, faz uso de um coletivo independente do destino ou conforto que ele possa proporcionar. Pois, bem, estou reunindo minhas forças após um longo dia de trufas e letras para partilhar com você, leitor, a minha linda e bela volta ao lar.

O ônibus que eu peguei
Após longa espera, no lindo cenário da Praia de Icaraí (Niteroi - RJ), tomei um ônibus que deixar-me-ia próximo da minha casa. Com a demora, muitas pessoas também o esperavam. Tomei um acento no centro do coletivo e logo acabaram-se os lugares. Conforme a viagem ia acontecendo mais e mais trabalhadores, estudantes e desocupados entravam deixando pouco ar lá dentro.

Uma rapaz ficou ´próximo a mim e ao dar passagem à uma senhora encolheu-se em cima de mim. Seu pênis ficou a poucos centímetros do meu rosto. Olhei para cima várias vezes na esperança de que ele percebesse o meu desconforto, mas nada fora feito pelo tal rapaz.

Quando este saltou, uma moça grávida tomou o seu lugar. O ônibus inteiro ofereceu-lhe assento, mas a jovem preferiu ficar em pé, “já vou saltar” - ela disse. Praticamente segurei o bebê em meu colo dentro da barriga da gestante.

Minha parada se aproximava e eu enfrentaria uma Odisseia para sair do ônibus. Parece-me que pessoas com barrigas protoberantes adoram ocupar espaços próximos à porta. Acho que vou colocar um neon em minha testa  escrito “Não sou anatômico”. Perdi seis quilos, entretanto, para uma pessoa quarenta quilos acima do seu peso, isto não significa quase nada. “Dá licença!” - gritei. Finalmente consegui saltar. Amanhã começa tudo outra vez.

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