Sempre quando escrevo algo descontraído e não oficial uso reticências ao invés do ponto final. Elas servem para a suspensão do pensamento ou ainda provocar a continuidade daquilo que está sendo dito, contudo, em outro momento. É assim que me sinto.
Tudo que digo não termina aqui. Sequer começou aqui. Às vezes um vento, meia palavra, um sorriso ou coisa menor. Tudo é reticente e nada é por si só. A arte é assim. É uma forma que encontramos de expressar nossos sentimentos mesmo que nos chamem de malucos.

Não invejo a Narciso. Nem quero um espelho. Hoje, acho feio o que não me é reflexo. Só por hoje. Sinto-me tão bem. Sei que esta palavra pode ser mal interpretada, mas é como se fosse uma masturbação na alma. Um prazer infindo. Pelo grande poder das reticências.
Parabéns pelo texto, de verdade!
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