Eu tentei escrever ouvindo esta música, mas não consegui. Sua letra envolveu-me completamente. Há alguns minutos estava vendo comentários de meus amigos no Facebook sobre o plágio feito pelo grupo Parangolé sobre a banda de rock Angra. Faz-me pensar em como me tornei seletivo em relação à arte. Já fui do tipo que compravas tudo por conta da moda ou embalo de marcas e nomes. Posso ouvir desde samba, funk ou rock até MPB, clássica e gospel. Entretanto pra que algo entre pelo meu ouvido e fermente na minha massa encefálica precisa realmente ter conteúdo.
Aos que se lembrar do filosófico funk “A dança do quadrado” que colocava cada imbecil em seu lugar com uma ordem repetida dentro dos sete minutos da faixa. Fico emocionado em ouvir Ana Carolina contar sobre a composição de “Eu que não sei quase nada do mar”, quando recebeu um telefonema de Maria Bethânia pedindo que a mineiro que estivera tão pouco próxima ao mar fizesse a canção sobre ele. O fez com toda maestria sendo sincera junto ao cantor da música que vos segue, Jorge Vercillo. Esta semana parei para ouvi-lo com mais detalhes e hoje passando na ponte, ouvi esta música que está no cd DNA, com participação de Milton Nascimento. Quando eu saí da faculdade o bar em frente estava tocando “Minha mulher não deixa não” e alguns minutos depois eu ouço esta obra que nem sabia que estava no meu mp3. Deixo-lhes a letra e a canção que neste momento permeia o meu coração. Há de ser muito mais que uma poesia, uma paixão.
Há de ser
Jorge Vercillo
Há de ser bonito
Há de ser
Há de ser finito
Há de ser
Há de ser sereno
Há de ser perene
Há de ser efêmero
Há de ser pecado
Há de ser
Há de ser sagrado
Há de ser volúvel
Há der ambíguo
Há de ser altivo
Construirei nosso ninho nas paredes do penhasco
Pra que nenhum paparazzi ouse quebrar nosso casco
Nas pedras de uma caverna vou deixar a nossa história
Para que o vento do tempo não nos apague da memória
Há de ser imune
Há de ser
Há de ser insone
Há de ser
Há de escândalo
Há de relâmpago
Ciclone
Há de ser exílio
Há de Ser
Há de ser edílio
Há de ser luxúria
Há de ser promessa
Há de ser ternura
Cientistas e arqueólogos registraram indícios
De que uma estranha energia paira por nossos vestígios
O sentimento resistirá aos tempos como um fóssil
E o mundo então saberá que ali viveram o amor mais forte
Há de ser
Há de ser finito
Há de ser
Há de ser sereno
Há de ser perene
Há de ser efêmero
Há de ser pecado
Há de ser
Há de ser sagrado
Há de ser volúvel
Há der ambíguo
Há de ser altivo
Construirei nosso ninho nas paredes do penhasco
Pra que nenhum paparazzi ouse quebrar nosso casco
Nas pedras de uma caverna vou deixar a nossa história
Para que o vento do tempo não nos apague da memória
Há de ser imune
Há de ser
Há de ser insone
Há de ser
Há de escândalo
Há de relâmpago
Ciclone
Há de ser exílio
Há de Ser
Há de ser edílio
Há de ser luxúria
Há de ser promessa
Há de ser ternura
Cientistas e arqueólogos registraram indícios
De que uma estranha energia paira por nossos vestígios
O sentimento resistirá aos tempos como um fóssil
E o mundo então saberá que ali viveram o amor mais forte
PS: Respondendo ao post anterior: Eu ADORO o Jô. Foi uma homenagem, ao meu estilo, mas uma homenagem.
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