2 de abril de 2011

Um pouco de Mary...

Aí vai uma parte (do início) do meu livro "Eu matei - O diário de um Serial Killer". Espero que gostem!
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Aquele dia terminou assim. Uma investigação não concluída, um assassino a solta, e mais uma bronca dos seus superiores. Mary ao chegar em casa quis descansar, mas não poderia. Há muita coisa a fazer. O jantar, a roupa, a limpeza, as crianças. Tudo precisava da sua atenção. Ela não pensava em outra coisa senão no diário que pegara na cena do crime.

Abre a porta do quarto. Finalmente o dia acabou de verdade. Cerifica-se de que a porta está realmente fechada e que ninguém irá interrompê-la. Deita-se na cama procurando uma posição confortável. Olha atentamente a capa. Uma espécie de couro marrom que cobre centenas de folhas amareladas, não pelo tempo, mas pela própria natureza daquele tipo de papel. Ali estava a alma do maior assassino do Brasil. Há boatos de que ele seria uma pessoa famosa ou algum empresário frustrado. Outros ainda acreditam que se trata de um maníaco sexual. Mary mesmo acompanhando o caso há mais de dez anos não saberia dizer do que realmente se tratava. Mas estava prestes a descobrir. A alma daquele monstro estava presa naquele papel e ela sabia disso. Ela sentia só de olhar a capa de couro. A lateral manchada de sangue contava aquele diário estava bem próximo de alguma morte. Pela primeira vez em anos Mary teve medo do que iria encontrar naquelas páginas. Fechou os olhos e contou... Um... Dois... Três... E... Já!

A primeira página estava em branco, o que alimentou muito mais sua ansiedade. Ela foleou até encontrar um texto. Escrito à caneta vermelha. Olhava a data no topo da página que era seguida, na linha inferior por um título e em duas linhas abaixo o que ela havia lutado tanto para descobrir.
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