Era um dia como qualquer outro, mas não para mim. Estava tentando parar outra vez. A minha mente disparava. Eu precisava saciar a minha vontade de matar. Nem sequer sabia o seu nome. Só sabia que estava a minha frente no ônibus. Primeiro a segui até o shopping. Um lugar bem propício. Há muita gente, muita distração. Você usava um vestido branco. Uma moça tão singela, tão simpática. Tudo em você me chamava. Era como se a morte pegasse-me pela mão e levasse-me ao seu corpo.
Entrava em quase todas as lojas. Comprava algo. Eu fingia paquerar-te. Apenas fingia. Puxei uma conversa descontraída e você sucumbiu às minhas palavras. Convidei-a a um café. Não. Não iria matar-te com café envenenado, seria muito amador. Seus cabelos curtos chamavam a atenção. Era charmosa. Eu só queria sua vida, apenas isso. Enquanto eu a observava, falava-me da sua vida. Era professora de jardim e infância. Adorava crianças, pena que eu as odiava. Pena. Senti pena, mas só por um momento.
Prometi acompanha-la até em casa. Pena que você nunca chegaria lá. Saímos do shopping caminhando até o ponto de ônibus. O semáforo mostrava o verde enquanto aguardávamos. Os carros corriam, voavam. Você desdenhava a falar enquanto eu passava minha mão por suas costas e empurrei-a em um instante. Quem passava por ali pensou que tivesse se desequilibrado do salto. Um carro cor champanhe passava na hora. Da sua cabeça restou apenas uma peruca embebida em sangue. O motorista saiu do carro desesperado. Eu fiz meu papel. Chorava a sua morte. Aos poucos as pessoas começavam a se aglomerar.
Levaram-me ao hospital para me dar “tratamento psicológico”. Saí de lá rindo e feliz. Estava satisfeito em mata-la. Faz quinze minutos que eu não mato ninguém. Só por hoje.
Olá, Nathan, gostei muito do seu blog parabéns, não sei se você curte moda, mas da uma olhadinha no blog. http://opscatgirl.blogspot.com
ResponderExcluirbeijo
ah, a partir de hoje vou seguir seu blog, adorei