14 de maio de 2011

MEC distribui livro que aceita erros de português

É decepcionante saber disso. Especialmente por ser um futuro profissional da área. Primeiro, porque como já havia dito aqui, a língua não evolui nem regride, contudo, se transforma.

É importante lembrar que isso não pode ser motivo para aceitarmos como certo todas as abobrinhas linguísticas que ouvimos. Isso sem contar que o português falado possui diferenças incontáveis do português escrito.

O então agora pronome pessoal "você" deixou a sua forma original vossa mercê, passando a vos mercê e então, você. Essa transformação fez com que deixássemos de usar este pronome de tratamento que é informal e tomá-lo por pronome pessoal como o tu. Por essa razão, somente no Brasil, a expressão você é usada para ocasiões informais. Se em uma ocasião solene, chamamos alguém de você, podemos ser retirados do tal recinto.

Aceitar essa transformação linguística é o mesmo que permitir a depreciação da língua. Não é errado escrever “a gente vamos” ou “nós vai” desde que você coloque o nome do gramático que aceita essa regra como correta. Como nenhum estudante irá saber disse e eu também não vou falar o nome do cidadão, tratem de escrever a forma culta e correta. Em uma entrevista de emprego ninguém contratará para um cargo elevado uma pessoa que fale “nós vai”.

Isso significa que é melhor abusar no certo (dentro dos limites) do que abraçar com toda a fome o errado. Segue abaixo o texto com a notícia extraída do Globo On line.

Em breve, um post sobre o “mim”. Fiquem ligados nos ERROS DE PORTUGUÊS. Até mais!
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MEC distribui livro que aceita erros de português

BRASÍLIA - O Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação (MEC), distribuiu a cerca de 485 mil estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio uma publicação que faz uma defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções. Para os autores do livro, deve ser alterado o conceito de se falar certo ou errado para o que é adequado ou inadequado. Exemplo: "Posso falar 'os livro'?' Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico" - diz um dos trechos da obra "Por uma vida melhor", da coleção "Viver, aprender".

Outras frases citadas e consideradas válidas são "nós pega o peixe" e "os menino pega o peixe". Uma das autoras do livro, Heloisa Ramos afirmou, em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, que não se aprende a língua portuguesa decorando regras ou procurando palavras corretas em dicionários.

- O ensino que a gente defende é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas de comunicação para que a desenvoltura linguística aconteça - disse Heloisa Ramos.

Em nota encaminhada ao "Jornal Nacional", o Ministério da Educação informou que a norma culta da língua será sempre a exigida nas provas e avaliações, mas que o livro estimula a formação de cidadãos que usem a língua com flexibilidade. O propósito também, segundo o MEC, é discutir o mito de que há apenas uma forma de se falar corretamente. Ainda segundo o ministério, a escrita deve ser o espelho da fala.

Um comentário:

  1. Fiquei indignada com essa notícia
    É como se estivessem aprovando o mau uso da língua
    O pior é que uma professora de português escreveu o tal livro
    Mas o q se esperar da educação no Brasil?

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